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Cultura

Foto: Lucas Nascimento

Comemorando uma década da primeira publicação, datada de 2004, o cartunista e professor Geuvar Oliveira lançou, na noite de quarta-feira, 15, a quarta edição da história em quadrinhos Liga do Cerrado. O evento foi realizado no teatro de bolso do Memorial Coluna Prestes com a presença de artistas e estudantes e contou com um coquetel, apresentações musicais e bate-papo com o autor sobre as suas obras.

O foco desta edição da revista é mostrar, por meio das aventuras vividas pelos super-heróis construídos por Geuvar, o cotidiano do tocantinense, tratando ainda de questões sociais com um toque de bom humor. “A ideia é fazer graça com os problemas que qualquer um de nós passa no dia a dia, com esses personagens que foram inspirados nas pessoas das diversas partes do Brasil que vieram para o Tocantins. É uma abordagem divertida e simples de problemas sociais e com uma arte muito bem feita”, enfatizou o quadrinhista.

A secretária executiva da Academia Tocantinense de Letras (ATL), Ione Carvalho, que esteve no evento, destacou o caráter cômico da Liga do Cerrado. Para ela, a HQ é indicada para todos os públicos. “São histórias muito agradáveis, que nos fazem rir dos atos heroicos pitorescos. É uma obra indicada para todas as idades, que traz essa valorização do regionalismo e do cotidiano”, frisou.

Regionalismo

As inspirações tocantinenses estão presentes desde a primeira história em quadrinhos de Geuvar, lançada em 1997, quando o ele chegou ao Tocantins. Intitulada Gira, a revista foi baseada na quantidade de girassóis que havia na cidade na época.

As aventuras da Liga do Cerrado, formada pelos super-heróis Homem Suvaco, Maria Paulada, Jeitosa, Homem Pochete, Homem Pichilinga, Senhor Gambiarra e Caryocal, acontecem na cidade de Pequinópolis, inspirada na capital do Tocantins.

Dentre os personagens que valorizam o regionalismo está o Caryocal, cujo lembra o nome científico da típica fruta do cerrado, o pequi (Caryocar). O personagem que teve o braço amputado num acidente recebeu, no lugar do membro perdido, uma arma poderosa que tem como munição caroços espinhosos do pequi. Já a Maria Paulada homenageia às quebradeiras de coco babaçu da região do Bico do Papagaio e do Homem Suvaco, uma versão cômica dos palmenses que transpiram com o calor da cidade. “Sou eu, são vocês. Quem é que não sua dia e noite com esse calor daqui se não estiver no ar condicionado”, brinca o autor.

Memorial Coluna Prestes

Construído como forma de homenagear o movimento tenentista de 1922 e a marcha realizada pela Coluna Prestes, o Memorial foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer numa área de 570.40m², localizada na Praça dos Girassóis. O local abriga um salão de exposições com peças originais da história da Coluna, além de auditório para 87 lugares e salas de administração.

Este ano, o Memorial passou por reparos na parte elétrica da estrutura, assim como melhorias no sistema de climatização, sonorização, iluminação além da pintura interna e externa. As obras foram realizadas pelo governo do Estado, por meio das Secretarias de Infraestrutura e da Educação e Cultura, com o objetivo de oferecer aos visitantes e artistas um espaço mais confortável e com melhores condições para a realização de espetáculos musicais, teatrais e exposições. (Ascom Seduc)