Macarrão instantâneo, lasanha e pizza congelada, temperos prontos, margarinas vegetais, maioneses e embutidos (salsicha, hambúrguer, empanados, linguiça, salame e mortadela) são alguns alimentos recordistas em sal, nome conhecido do cloreto de sódio. Mas não só os alimentos salgados são vilões. Refrigerantes, biscoitos recheados e mistura para bolos costumam ter altas quantidades de sódio.
O corpo precisa deste mineral para manter o equilíbrio da água no organismo e ajudar na condução de estímulos nervosos e na contração muscular. Porém, o excesso do sódio faz com que as células retenham líquidos e fiquem inchadas. Esse desequilíbrio aumenta o volume do sangue nas artérias, provocando a elevação da pressão sanguínea, ou seja, o coração tem que bater com mais força para fazer o sangue circular.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo diário de até dois gramas de sódio, mas os brasileiros consomem, em média, mais do que o dobro desta quantidade. A elevação da pressão arterial é silenciosa, não tem uma mudança no organismo para avisar que algo vai mal. "Quem tem casos de hipertensão na família deve ficar ainda mais atento para os hábitos alimentares", alerta Sueli Gama, nutricionista do Centro de Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
Mudança de hábitos
A maneira mais eficiente de diminuir o consumo de sal é dar preferência a alimentos frescos e usar ervas e temperos naturais, além de manter o saleiro longe da mesa. "A gente vai aumentando a quantidade de sal sem perceber e o nosso paladar vai se acostumando com o excesso de sal", explica Sueli
As papilas gustativas, parte da língua responsável por diferenciar os sabores, demoram cerca de três meses para se adaptar a uma dieta reduzida em sal. Por isso, é questão de tempo o costume de apreciar o verdadeiro e sutil sabor dos alimentos. (EBC)