Uma operação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no comércio de Araguatins, na região do Bico do Papagaio, entre segunda, 10, e quinta-feira, 13, apreendeu 243 quilos de queijo, 46 quilos de carne e 18 litros de leite comercializados de forma clandestina. Vinte e cinco estabelecimentos foram inspecionados, entre supermercados, mercearias, padarias, açougues e revendas de gás de cozinha, além do abatedouro bovino e de uma indústria de laticínios existente no município.
Seis padarias foram inspecionadas, sendo duas delas interditadas por funcionaram de forma irregular, sem os alvarás sanitário e de funcionamento e sem registro na junta comercial.
No caso do queijo, da carne e do leite apreendidos, os alimentos são considerados clandestinos por não possuírem dados quanto à sua origem, além das datas de processamento e de validade. Considerados impróprios para consumo, os produtos foram descartados no lixão do município.
Também foram apreendidos e descartados 14 itens vencidos, 35 itens refrigerados que estavam expostos à venda em temperatura diferente da especificada pelo fabricante, nove itens com embalagem danificada e 33 medicamentos – cuja venda é permitida apenas em farmácias, mas que estavam sendo comercializados em supermercados e mercadinhos.
Denominada operação “Pró-consumidor”, a atividade teve como parceira a Vigilância Sanitária do município. Além dos técnicos do Ministério Público, o Promotor de Justiça de Araguatins, Décio Gueirado Júnior, também acompanhou a operação.
Gás de cozinha
O Corpo de Bombeiros participou do primeiro dia da operação, quando foram vistoriadas oito revendas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como “gás de cozinha”. Metade dos estabelecimentos visitados foi notificada por não estar em dia com a documentação, que inclui autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), certificado de vistoria dos Bombeiros e Alvará de Funcionamento.
Matadouro
No matadouro de bovinos, foi constatada precariedade no piso, que é de cimento grosso, fato que dificulta a limpeza adequada. No que se refere à rotina de trabalho, verificou-se que não há um controle efetivo, por parte da administração, quanto à origem dos animais abatidos, trazidos por fazendeiros e açougueiros da região. Um relatório técnico especificando a realidade encontrada no matadouro, assim como nos demais estabelecimentos, servirá de base para que a Promotoria de Justiça adote as providências cabíveis. (Ascom MPE)