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Saúde

Foto: Imagem ilustrativa/da web

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O Tocantins ocupa o segundo lugar entre os estados brasileiros com novos casos de hanseníase e, para diminuir o número de casos, o governo do Estado, por meio de parcerias, tem realizado ações de vigilância. Além disso, o Tocantins já é um dos selecionados pelo Ministério da Saúde (MS) para desenvolver o projeto piloto de quimioprofilaxia preventiva, que busca reduzir a possibilidade de adoecimento de pessoas que convivem com os doentes não tratados.

Para o desenvolvimento do projeto, o MS selecionou três estados hiperendêmicos que têm o programa de hanseníase bem estruturado. Segundo a gerente do Núcleo de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Isabel Monice, o projeto ainda está em fase de implantação, mas o tratamento de pessoas que tenham contato direto com aqueles que têm hanseníase pode ser um grande passo para a redução de número de casos. “Pessoas que tiveram contato intradomicilar serão tratados. Serão realizados os exames de pele e nervos. Posteriormente, será analisado o histórico vacinal. Não havendo suspeita da doença, depois de um tempo, esse contato vai receber a medicação”, explicou.

O Tocantins tem bons níveis na avaliação de contato, porém ainda é o segundo estado em número de casos registrados em menores de 15 anos. Por isso a preocupação do governo em incentivar as pessoas a irem às unidades de saúde realizar os exames e, assim, quebrar a cadeia de transmissão.  Com este objetivo, o Estado realiza cursos e capacitações profissionais para que as unidades básicas de saúde, distribuídas pelos municípios tocantinenses, possam desenvolver um bom trabalho no diagnóstico, acompanhamento e tratamento da hanseníase.

De acordo com a gerente do Programa Municipal de Hanseníase e Tuberculose de Araguaína, Renata Borges, as ações de vigilância, na busca ativa de contatos, têm contribuído para o aumento no número de diagnósticos, mas a parceria do Município com o governo do Estado e Ministério da Saúde têm possibilitado projetos de ações inovadoras. “Temos ações de rotina, inerentes ao programa, mas também estamos com a sapataria para o paciente de hanseníase e com o Núcleo de Apoio a Saúde da Família, que dá apoio na reabilitação do paciente que ficou com sequelas. Temos toda uma rede de atendimento a esses pacientes”, afirmou.

Hanseníase 

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é transmitida através das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Os primeiros sintomas são manchas vermelhas ou brancas, com perda de sensibilidade. A hanseníase tem cura e seu tratamento é oferecido gratuitamente na rede pública, podendo durar de seis meses a um ano. (ATN)