O Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, realizou nesta quarta-feira, 21, no auditório da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), reunião com gestores públicos de municípios tocantinenses para avaliar e traçar um panorama do programa Mais Médicos para 2015. No Tocantins, o programa conta com 132 médicos atendendo em 70 municípios e cinco Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). Com a iniciativa, a cobertura na rede de atenção básica do Estado saltou de 80,24% para 87,25%.
O secretário de Estado da Saúde, Samuel Bonilha, ressaltou a importância do programa de atenção básica para reduzir o fluxo de pacientes nos hospitais. “O investimento na atenção básica é fundamental porque nós vamos diminuir a quantidade de pessoas sendo deslocadas para os grandes centros. Isso sendo corrigido lá na atenção básica vai fazer com que a rede funcione e diminua os riscos”, destacou.
A novidade este ano é o processo unificado do Programa Mais Médicos com o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). Os médicos brasileiros interessados na seleção poderão efetuar a inscrição no sistema até o dia 29 de janeiro. Dezesseis municípios tocantinenses podem aderir aos programas em 2015. São eles: Angico, Aragominas, Araguaçu, Araguaina, Axixá, Chapada da Natividade, Colinas, Colmeia, Esperantina, Filadélfia, Gurupi, Lagoa do Tocantins, Palmas, Ponte Alta do Tocantins, Riachinho e Sandolândia.
“Foi feita uma junção desses dois programas com uma nomenclatura nova, que é o Programa de Provimento de Médicos para Atenção Básica. A partir do dia 30 de janeiro, os 16 municípios devem manifestar o interesse no sistema de informação do Ministério da Saúde”, explicou a diretora da Atenção Primaria da Sesau, Marudney Cesar Rodrigues.
O município de Colinas, na região centro-norte do Estado, conta com seis equipes do Programa Mais Médicos e Provab e pretende ampliar o número de profissionais. A cidade é referência no atendimento hospitalar para outros 15 municípios vizinhos. “Um profissional que trabalha conosco tem um conjunto de obrigações que nos custa próximo de R$ 20 mil, enquanto o Mais Médicos vem para município por 10 mil; as obrigações trabalhistas são todas do Ministério da Saúde. Com isso, nós baixamos o custo pela metade. Com as seis equipes, eu economizo R$ 60 mil”, afirma o prefeito José Santana.
O prefeito de Tupirama, Sebastião de Lima, é um dos que aguardam a chegada dos médicos do programa. “Vai favorecer o município e a comunidade. E é isso que nós queremos”, disse.
Mais Médicos
Lançado em julho de 2013 pelo governo federal, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Mais saúde nas aldeias
Sete profissionais do programa Mais Médicos trabalham em cinco Distritos Sanitários Indígenas (DSEI) do Estado. O médico cubano Angel Lemes Rodrigues atende há um ano em uma aldeia Apinajé, em Tocantinópolis, no extremo norte do Estado. Nesse período houve avanços na prevenção de doenças. “A gente está conseguindo resultados muito positivos, diminuindo o número de internações na cidade, e as doenças mais frequentes como diarreia, verminoses e pneumonia”, disse o médico. (Secom-TO)