Mais de 41% da população adulta do Tocantins, o equivalente a 409,5 mil pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O estudo revela que desse total 43,8% das mulheres (223,5 mil) e 39% dos homens (186 mil) tocantinenses são portadores de enfermidades crônicas. O levantamento foi realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicado em 2014.
A hipertensão arterial, o colesterol (principal fator de risco para as doenças cardiovasculares), o diabetes e a insuficiência renal são as que mais prevalecem no Tocantins. Segundo a assessora especial de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Secretaria Estadual da Saúde, Carmem Odete Ferreira de Oliveira, diante dos dados apresentados pela Pesquisa Nacional de Saúde, o Governo do Estado, juntamente com o Ministério da Saúde e municípios, desenvolve o Programa Academia da Saúde - que visa à promoção da saúde e produção do cuidado para os municípios brasileiros.
“Nós assessoramos, monitoramos, incentivamos os municípios a aderirem ao Programa Academia da Saúde. Este programa foi criado pelo Ministério da Saúde em 2011, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população brasileira. Sessenta e cinco por cento dos municípios tocantinenses estão com o processo de implantação dos polos da Academia da Saúde, sendo que 28 já estão implantados. O importante é ressaltar para a população que esses polos são em espaços públicos, dotados de infraestrutura, equipamentos e profissionais capacitados e há um trabalho multidisciplinar dos profissionais da equipe de Saúde da Família com os profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) para promover a saúde da população local”, explica Carmem Odete.
O Programa Academia da Saúde tem como foco práticas corporais e atividades físicas, alimentação saudável, educação em saúde, entre outros, contribuindo para prevenção das doenças e para a diminuição dos fatores de risco.
Causa de mortes
As doenças crônicas não transmissíveis são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. São consideradas um sério problema de saúde pública e respondem por mais de 70% das causas de mortes no Brasil. As doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, enfermidades respiratórias crônicas e doenças neuropsiquiátricas, principais DCNTs, têm respondido por um número elevado de mortes antes dos 70 anos de idade e perda de qualidade de vida.
Fatores de risco
Tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo são fatores de risco e da prevalência das doenças. (Secom-TO)