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Foto: Divulgação

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O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Tocantins (Senar), Paulo Carneiro, se reuniu nesta quinta-feira, 29, com os presidentes dos Sindicatos Rurais de Lagoa da Confusão, Nelson Alves Moreira; de Formoso do Araguaia, Eurípedes Martins Costa e de Pium, Rogério Leocádio, para discutir sobre os impactos da Portaria Nº 294/213, da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que delimita uma área de um milhão e 600 mil hectares para ser desapropriada, entre os Estados do Tocantins e Mato Grosso, onde hoje é ocupada por milhares de produtores rurais, que na sua maioria possui títulos legítimos de propriedade das terras e contribui com a produção de alimentos do País.

Cerca de 80% da área do município de Lagoa da Confusão, no Tocantins, faz parte desta delimitação provocada pela Portaria, desapropriando áreas produtivas, com agricultura irrigada e até assentamentos. “Todos os moradores da Lagoa da Confusão serão atingidos por esta demarcação, que vem contrariar toda uma política de desenvolvimento agrícola sustentável desenvolvida em nosso município”, afirmou Nelson Alves Moreira, completando que esta situação vai afetar toda a economia da cidade, inclusive criando um número incalculável de desemprego. A preocupação de Moreira é a mesma dos outros presidentes de Sindicatos Rurais dos municípios de Pium, Dueré, Formoso do Araguaia e Santa Rita do Tocantins.

O presidente do Sistema Faet/Senar, Paulo Carneiro, apresentou na reunião um relatório técnico feito pelo Instituto CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que aponta as áreas afetadas pela Portaria nos municípios do Tocantins, juntamente com as áreas que já pertencem à União. Lagoa da Confusão terá 81,34% de sua área delimitada; Pium 35,48%; Dueré 2,41%; Formoso do Araguaia 64,71% e Santa Rita 3,42%.

Na reunião ficou decidido que será elaborado um documento, assinados pelo Sistema Faet/Senar e os Sindicatos Rurais dos municípios impactados, para ser enviado ao Ministério do Planejamento e à Secretaria do Patrimônio da União, explicando os prejuízos que esta medida trará ao setor produtivo e a milhares de famílias. A reunião contou com a participação do diretor Tesoureiro do Sistema Faet/Senar, Carlos Ribeiro, e do superintendente da Faet, Frederico Sodré.