Mesmo após intensas articulações por parte de governistas, o presidente Osires Damaso (DEM) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins com 14 votos, para um mandato de dois anos.
As articulações da eleição foram marcadas por muitas conversas e contou inclusive com a participação do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) que tentou convencer a bancada de deputados aliados da Prefeitura de Palmas a apoiar o governo. O placar foi apertado desde o início com desvantagem no número de votos para o governo, que elegeu só nove aliados, porém, já conta com a simpatia de vários parlamentares para a base de sustentação.
Rocha Miranda (PMDB) e Vilmar do Detran (SD), um de cada grupo, foram os fiscais da votação. A primeira a votar foi Amália Santana (PT) e a chamada foi por ordem alfabética.
O deputado Eli Borges, candidato do governo, foi à tribuna e fez pronunciamento antes da votação. Ele disse que foi convidado a encabeçar a chapa e vê a oportunidade como uma chance de fazer parte da história da Assembleia. “As pessoas juram por Deus, juram pelos filhos e quero entender que aquele que criou a visão do voto secreto é exatamente para que cada deputado tivesse a condição de fazer valer sua posição isenta e independente”, frisou.
Ele pediu contribuição dos colegas à governabilidade e o voto dos deputados. “O governador é meu amigo mas sou candidato de um grupo que dá sustentação ao governo”, disse. Eli pediu reflexão aos deputados sobre o juramento que fizeram na posse. “Não tenho absolutamente nada contra o senhor apenas estamos num pleito democrático onde as pessoas se respeitam”, frisou. “Voto não tem cor, não tem credo e é fruto da democracia”, frisou.
Damaso também resolveu falar e pedir o voto dos colegas. “Só não falei com o parlamentar que eu não tive acesso. Vim para essa candidatura de alma tranquila tentando buscar o consenso desse poder legislativo. Entendo que queremos um poder independente”, frisou ao elogiar o perfil de Eli. “Essa casa é dos 24 deputados por isso que pelo o voto para conduzir esta Casa tendo liberdade de um parlamento forte”, concluiu.
Clima Acalorado
Um fato político novo aconteceu antes da eleição dos deputados estaduais. O deputado Paulo Mourão (PT), aliado do Palácio Araguaia, estava inscrito para falar em nome dos deputados porém não teve a oportunidade o que acalorou ainda mais os ânimos.
Em entrevista ao Conexão Tocantins, Paulo Mourão disse que Damaso representa a figura ditatorial. “Damaso lamentavelmente usou figura da parcialidade. O mandato dele inicia muito mal porque obstrui o diálogo, ele representa a figura ditatorial do Siqueira Campos e do grupo dele”, frisou.
Eli Borges encabeçou a do governo tendo Eduardo Dertins (PPS) como vice. A chapa de Damaso teve Luana como vice e Mauro Carlesse segundo vice. Os demais cargos são Jorge Frederico, Elenil da Penha, Junior Evangelista e Olintho Neto.
Vejam as chapas que disputaram:
Governista:
Presidente: Eli Borges
Vice: Eduardo do Dertins
2º vice - Nilton Franco
1º secretário -Toinho Andrade
2º secretário - Valderez Castelo Branco
3º secretário - José Bonifácio
4º secretário - Amália Santana
Oposição:
Presidente - Osíres Damaso
Vice: Luana Ribeiro
2º Vice - Mauro Carlesse
1º secretário Jorge Frederico
2º secretário - Elenil da Penha
3º secretário - Junior Evangelista
4º secretário - Olintho Neto