Na base do governo gerou polêmica a votação de apenas 10 deputados para a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Tocantins que deu vitória ao atual presidente Osires Damaso (DEM), representante da oposição. Articuladores políticos do governo acreditavam piamente ter no mínimo 11 votos, porém, o candidato do grupo, Eli Borges (Pros), teve apenas a votação de 10 companheiros.
“O investimento financeiro foi muito alto. Pelo menos um aqui errou o voto igual o do Iderval, tem muito deputado analfabeto para errar”, ironizou Bonifácio ao lembrar da votação de 2011 quando o deputado Iderval Silva disse ter errado o voto e com isso deu vitória ao candidato adversário.
O também aliado do governo, Valdemar Junior (SD) comentou o assunto ao Conexão Tocantins e disse que esperava 11 votos. “Avalio que ganhou a maioria. O Marcelo tem que pensar agora em construir a governabilidade”, frisou. Questionado se acha que houve traição no grupo Valdemar frisou que acredita que um voto teve o endereço diferente do que o grupo esperava.
O deputado Toinho Andrade (PSD) considerou a situação preocupante para o grupo que sustenta a atual gestão. “É chato fechar um grupo de 11 e ainda ter um deputado que não cumpre compromisso que foi feito”, admitiu.
Já o petista José Roberto Forzani frisou que aguardava também 11 votos e simplificou: “O jogo é assim mesmo”, resumiu.
Após a eleição, deputados do governo tentavam descobrir quem poderia ter quebrado o acordo e comentavam entre si alguns nomes de quem não teria honrado o compromisso de votar com o grupo.
Em entrevista ao Conexão Tocantins, Eli Borges também comentou a eleição e disse estar decepcionado. “Tive compromisso com 11 e apareceram apenas 10. O colegiado é uma caixinha de surpresas. Estou decepcionado, não tolero traição e alguém nessa historia não foi fiel com o compromisso feito”, acusou.