Um grupo ligado a organizações não governamentais e movimentos de moradia do Estado prometem para a próxima quinta-feira, 12, mais uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Tocantins. Desta vez, o manifesto não é apenas contra o auxílio-moradia dos deputados estaduais, e sim de outros órgãos e poderes do Estado.
A intenção é pedir o fim do auxílio-moradia no Estado tendo em vista o déficit habitacional alegado de mais de 80 mil casas no Tocantins. Nos últimos anos, segundo os manifestantes, houve pouco avanço na construção das moradias e quase nenhuma execução de entrega de projetos habitacionais.
O auxílio-moradia dos deputados estaduais é de R$ 3.800 porém alguns, como Eduardo Siqueira Campos (PTB) e Mauro Carlesse (PTB), já informaram que vão doar o benefício. Luana Ribeiro (PR) disse que não receberá mas não descartou solicitar o benefício em outro momento caso ache necessário para manter estruturas de apoio que tem em outros municípios.
No dia da posse dos deputados um grupo pequeno levou cartazes e ironizaram o auxílio-moradia chamando o benefício de “auxílio-vergonha”. O grupo não conseguiu entregar uma petição com milhares de assinaturas que pedem a extinção do benefício na Casa de Leis e o polêmico deputado José Bonifácio do PR chegou a mandar eles se manifestarem “na baixa da égua”.
O presidente da Casa de Leis, Osíres Damaso falou abertamente sobre o assunto e deixou claro que apesar da polêmica o benefício não será extinto por que é constitucional e existe em outros poderes do Estado como Tribunal de Contas (TCE) e Tribunal de Justiça, por exemplo.
A discussão sobre o benefícios para integrantes de poderes e o déficit habitacional do Estado vem num momento em que está prevista a vinda da presidente da República, Dilma Rousseff ao Estado para anunciar uma série de obras.
Segundo informou o deputado do PT, que é cotado para ser líder do governo, Paulo Mourão, a presidente vem para anunciar a duplicação da Belém Brasília, conclusão da Eclusa de Lajeado e o que chamou de um mega programa habitacional. “Onde vamos conseguir recursos para as contrapartidas?”, disse Mourão ao citar as dificuldades financeiras do Estado para conseguir fazer parcerias.