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Polí­cia

Foto: Divulgação

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Uma carta, assinada com a sigla do Comando Vermelho, uma das facções criminosas que atuam nos presídios, foi entregue ao motorista de um dos ônibus que foi incendiado na noite deste último sábado, 28, em Palmas/TO. Na carta, supostamente da facção, são feitas ameaças e cobrança da normalização nas visitas nos presídios, citando ainda a superlotação nas unidades prisionais.

Segundo as informações, a determinação é “tocar o terror” durante todos esses dias e a intenção seria colocar fogo em mais ônibus.

A carta, conforme o Conexão Tocantins teve acesso, segundo eles, é um comunicado a todos do poder judiciário do Estado. “Vocês pensam que estamos só com apoio e conhecimento, quem pensa não estamos não. O que vir a acontecer será de toda responsabilidade de vocês”, alerta a carta.

Eles falam das reivindicações. “Essas são as reivindicações, se a oprimição (sic) continuar dentro do sistema, independente de qual presídio, a chapa vai esquentar pra dentro e fora do presídio. O descaso com as nossas visitas e dos nossos familiares e superlotação nos presídios desrespeito com nossa luta não será mais tolerado e a cobrança será severa. É só o começo se não quiser ver o estado em chamas”, diz um trecho da carta.

O grupo ameaça ainda colocar fogo em delegacias e até em quartéis da polícia. “Atenção e devido respeito com nossa organização. Não somos um grupo nem uma gangue de canto de rua, somos uma facção, somos Comando Vermelho e somos o Brasil todo, hoje foi o ônibus e amanha pode ser um quartel uma delegacia ou suas viaturas e pense bem antes de qualquer decisão pois somos o crime e estamos preparados para o problema”, consta na carta.

A situação está delicada e estourou após a greve da Polícia Civil que começou na semana passada. Com a greve o efetivo foi reduzido o que afetou as visitas nos presídios.

Neste último sábado, 28, começou o ataque aos ônibus da capital tocantinense, o que já preocupa a população e até as autoridades como o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) que já anunciou que alguns ônibus estão circulando sob escolta da Guarda Metropolitana. Uma reunião emergencial está marcada para acontecer nesta segunda-feira para tratar do assunto com todas as forças de segurança do Estado. (Atualizada às 19h05)