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Estado

Foto: Divulgação

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O clima esquentou entre o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil e o Secretário de Segurança Pública do Estado do Tocantins, o Promotor de Justiça Cesar Simoni nesta segunda-feira, 2. Tudo começou quando o Sindicato encaminhou uma nota de repúdio onde disse que o secretário tratou os delegados de forma desrespeitadora.

“É inaceitável a forma como o Secretário de Segurança Pública vem tratando os Delegados de Polícia do estado. Desde sua posse, não arredou “pé” de seu gabinete em busca de conhecer a realidade que assola a segurança pública do Tocantins; Nunca visitou uma delegacia. Nós delegados estamos convivendo diariamente com delegacias em péssimas condições físicas estruturais, que não oferecem segurança aos servidores e aos cidadãos de uma forma geral. O senhor Secretário, nunca convidou os Delegados de Polícia do estado para se apresentar, e apresentar seus projetos e políticas públicas para a segurança do Tocantins”, acusou o Sindicato.

A nota diz que os delegados repudiam a tentativa de “achincalhar e desonrar a classe”, disse.  “Falta ao senhor Secretário de Segurança Pública do Tocantins um pouco mais de humildade, respeito e zelo pelos Delegados, homens e mulheres que ao longo desses anos de existência desse estado, trabalharam com muito afinco, muitas vezes extrapolando os próprios limites, sem hora, sem dia; numa incessante luta para o cumprimento das leis, assegurando a ordem pública e a paz social”, continuou criticando o Sindicato.

Secretário reage

Em resposta a nota do Sindicato dos Delegados, o secretário de Segurança Pública do Estado do Tocantins, Cesar Roberto Simoni, afirmou ao Conexão Tocantins que são inverídicas as informações de que o secretário “não arredou o pé” de seu gabinete, uma vez que ele não tem feito outra coisa, desde que tomou posse, além de participar de reuniões no âmbito do Estado do Tocantins e de Brasília em busca de recursos para poder prover o mínimo necessário de forma a viabilizar a efetiva atuação da Polícia Civil.

A Assessoria da SSP informou que a busca de recursos tem sido incessante por parte de Simoni. “Necessário que se diga que os convênios que deveriam ter sido formatados com a Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp foram praticamente abandonados no governo anterior, inclusive com situações desfavoráveis criadas junto ao Ministério da Justiça, na medida em que retiraram policiais civis e militares da Força Nacional. O que tem ocupado o secretário no sentido de fazer gestões para a retomada da liberação desses recursos”, disse.

Quanto às péssimas condições físicas e estruturais das delegacias, divulgadas na nota, o secretário afirma que são verdadeiras, pois dos 163 prédios vistoriados até o momento, 157 estão em péssimas condições. “Mesmo tendo herdado essa condição do governo anterior, já iniciamos as reformas em algumas unidades da Capital e do interior. Premidos, todavia, pela ausência de orçamento até o momento, razão pela qual a SSP trabalha com 1/12 (um doze avos) do orçamento de 2014, até que a LOA de 2015 seja votada pela Assembléia Legislativa, quando então se verificará de quanto a Secretaria disporá para dar início aos processos licitatórios para as reformas, conforme dispõe a lei”, disse.

Por último, quanto à alegação de que os delegados nunca foram convidados para apresentarem seus projetos e políticas públicas para a segurança pública,  o secretario afirmou que anseia por essa oportunidade, desde que o sindicato deixe de “somente ficar postulando implementos financeiros para a categoria, único foco até então, e possa efetivamente se voltar para o desiderato final, que é fazer polícia”, informou a nota da SSP.