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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Os vereadores da Câmara de Palmas avaliaram em sessão nesta terça-feira, 03, os impactos causados pelo Estacionamento Rotativo na Capital. O parlamentar Joaquim Maia do PV, apresentou requerimento em regime de urgência solicitando a suspensão da cobrança para um período de adequação. "Para que se possa discutir melhor esse problema, para que se possa encontrar soluções, discutir com os comerciantes, com a população para que tenha-se a oportunidade da população se acostumar com esse projeto", disse. A previsão é que o requerimento seja votado na próxima quinta-feira, 05. 

Segundo o vereador, os comerciantes estão sofrendo as consequências e é necessário a redução nos valores cobrados e tolerância. "Ontem fez um mês o processo de implantação do Sistema Rotativo de Palmas. O que nós observamos é uma grande reclamação, primeiro, por parte dos comerciantes que viram as suas lojas se esvaziarem, o comércio diminuir, o fluxo de clientes diminuir, resultando em perda de faturamento. [...] Da maneira que aí está não é possível continuar. O prejuízo já está na porta do comerciante, a população não está se beneficiando", afirmou. Joaquim Maia disse ainda que a população está buscando avenidas alternativas, lotes baldios e afastados da Avenida JK, onde o sistema foi implantado, para estacionarem seus veículos no sentido de não terem que “pagar um custo abusivo de estacionamento. Hoje o que vemos é a população assustada se afastando da Avenida JK”, frisou. 

O vereador Lúcio Campelo afirmou ser solidário as afirmações de Maia, porém, chamou atenção para a crise vivida não só pelo Tocantins mas pelo País. “O País está vivendo um momento de crise e o Estado também, naturalmente o comércio sentirá", apresentou. 

Já o vereador Milton Neris (PR) defendeu a implantação do Estacionamento Rotativo em Palmas e lembrou da necessidade apresentada ao prefeito Amastha da realização de uma pesquisa - que foi realizada há pelos menos uma semana e meia - que apresentou, segundo ele, 64% de aprovação dos usuários do ER. "Eu percebo que nós estamos na contramão. Nós temos que fazer jus ao que está acontecendo de bom. Depois da implantação do BRT, o estacionamento(de Palmas) será modelo para o País. O vereador reconheceu a necessidade de regulamentação no processo de carga e descarga aos comerciantes.

Já o vereador do Pros, Júnior Geo, lançou questionamentos e rebateu as afirmações e pesquisa relatada pelo vereador Milton Neris, relatando que, de fato, houve impactos no comércio. O vereador fez questionamentos quanto a Prefeitura de Palmas solucionar direitos trabalhistas dos funcionários da empresa responsável pelo sistema. 

A empresa recebe, segundo afirmações dos próprios vereadores, 93 % da arrecadação com o Estacionamento Rotativo e a Prefeitura de Palmas fica com apenas 7%. "Eu me pergunto onde estão os banheiros químicos? O mesmo (o estacionamento rotativo) está sendo utilizado com o objetivo de arrecadação não por parte do poder público. Não se promoveu nenhum tipo de infraestrutura", criticou Júnior Geo.