A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) discutiram, na última quarta-feira (11), um modelo de concessão para hidrovias, consideradas estratégicas na logística de escoamento da produção agrícola.
O governo federal estuda incluir as hidrovias no Plano de Investimentos em Logística (PIL), que desde 2012 já abrange rodovias, ferrovias e portos.
O Ministério da Agricultura considera que, a fim de garantir competitividade, é importante fortalecer investimentos em infraestrutura no chamado Arco Norte, em especial na hidrovia Tocantins-Araguaia.
Um dos objetivos é desafogar os corredores de escoamento do sul do País, afirmou a ministra Kátia Abreu. “Com o fortalecimento do Arco Norte, vamos aliviar o atual congestionamento nos portos, hidrovias e ferrovias do sul e sudeste. Isso onera o produto, não é bom para o País”, explicou.
A hidrovia Tocantins tem 1,5 mil quilômetros, mas seu potencial poderá ser mais aproveitado com a construção de quatro eclusas (em Estreito, Lajeado, Marabá e Serra Quebrada) e com o derrocamento do Pedral de Lourenço, no Pará. A navegação naquele trecho fica suspensa durante os quatro meses de seca da região.
Os ministros fizeram, na quarta-feira, o primeiro encontro preliminar sobre o tema. Novas reuniões técnicas serão marcadas entre Agricultura, Planejamento e Transporte para definir as prioridades para as concessões de hidrovias.