Os quatro acusados de incendiarem dois ônibus de transporte público em Palmas no dia 27 de fevereiro foram soltos na tarde desta segunda-feira, 16. Eles estavam presos na Casa de Prisão Provisória da capital mas chegou ao fim o prazo da prisão temporária. Os suspeitos são J.L Santos de 21 anos, I.B.Lima de 19 anos, B.B.S. Santos de 22 anos e J.Koopa de 22 anos.
Com as investigações paradas em razão da greve da Polícia Civil o prazo não foi prorrogado. A prisão temporária foi declarada dia quatro de março.
Os suspeitos teriam confessado que agiram por comando de alguns detentos da CPPP que estavam insatisfeitos com a paralisação das visitas dos familiares em razão da greve da Polícia Civil. O valor oferecido pela suposta organização criminosa aos acusados teria sido de R$ 8 mil.
A prisão dos homens só foi possível em razão de uma denúncia de um dos integrantes do grupo que recebeu R$ 15 mil de recompensa do prefeito Carlos Amastha. Uma foto da entrega da recompensa chegou a ser divulgada pelo gestor na rede social. O denunciante negou ter participado dos incêndios e foi liberado após colaborar com as investigações.
A Polícia Civil está em greve desde o dia 15 de fevereiro e cobra realinhamento salarial aprovado ano passado mas que começaria a ser pago em janeiro deste ano com impacto anual de R$ 33 milhões. O governo alega que não tem dinheiro para pagar o benefício até porque o Tocantins está acima do limite de gastos com pessoal.