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Saúde

Foto: Heitor Iglesias

Foto: Heitor Iglesias

Com o intuito de avaliar indicadores de agravos endêmicos no Tocantins, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), reúne técnicos de 30 municípios para participar nesta quarta-feira, 22 de abril, da 1ª Reunião de Avaliação da Dengue e Febre Chikungunya, às 8h30, no auditório da Assembleia Legislativa, em Palmas.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Samuel Bonilha, a proposta do encontro é fortalecer o monitoramento estratégico da dengue e da febre chikungunya em 2015 nos 30 municípios considerados prioritários.

Participam da reunião representantes dos 30 municípios considerados prioritários para as ações de controle e combate à dengue, sendo eles: Alvorada, Ananás, Araguaçu, Araguaína, Araguatins, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Colinas do Tocantins, Colméia, Combinado, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Guaraí, Goiatins, Gurupi, Miracema do Tocantins, Miranorte, Natividade, Palmas, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso, Peixe, Pium, Porto Nacional, Sandolândia, Taguatinga, Tocantínia, Tocantinópolis, Wanderlândia e Xambioá.

Também serão apresentados, além dos indicadores, diagnóstico situacionais, fluxos de planejamento de ações de controle de vetores, Plano de Prevenção e Controle da Dengue e Chikungunya e monitoramento virais, sistemas de registro de notificação de agravos.

Dengue

Segundo boletim epidemiológico, de 1º de janeiro a 14 de abril deste ano, 5.806 casos suspeitos de dengue foram notificados em todo o Estado, 13% a mais que as notificações registradas no mesmo período do ano passado (5.139). Palmas é o município com maior número de casos notificados (3.163), seguido de Araguaína (570), Porto Nacional (285), Miracema do Tocantins (152) e Paraíso do Tocantins (145).

Segundo a gerente estadual de Dengue, Febre Amarela e Febre Chikungunya, Christiane Bueno, o crescimento de notificações é reflexo, entre outros fatores, da circulação dos subtipos virais DENV-1, DENV-2 e DENV-4 e da intensificação do período chuvoso.

“Identificamos estes três tipos de vírus circulando no Tocantins e isso faz com que a população esteja exposta a mais subtipos virais e, além disso, temos a questão ambiental com um regime de chuva que está se estendendo este ano e facilita a perpetuação da população do mosquito”, acrescenta.

Febre Chikungunya

Com relação à febre chikungunya, doença introduzida no Brasil no ano passado, a preocupação, segundo explica a gerente, é o fato de o agravo ser transmitido pela picada de dois mosquitos presentes na região, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. “Não houve casos confirmados de chikungunya no Tocantins. No entanto, devido à proximidade geográfica com estados com casos confirmados [Bahia e Goiás], é importante a população permanecer alerta sobre os sintomas da doença”, acrescenta Christiane.

Os principais sintomas da febre chikungunya, que são semelhantes aos da dengue, são febre de início agudo, dores articulares e musculares, dor de cabeça, náuseas, fadiga e erupções na pele. “No entanto, o principal sintoma que permite a diferenciação entre as doenças são as dores nas articulações”, esclarece a gerente.

Recomendação

Na suspeita de qualquer destes sintomas a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima para buscar uma avaliação e orientação de um profissional de saúde. Conforme explica o médico epidemiologista Flávio Milagres, “uma vez que o paciente perceba os sintomas a orientação é procurar uma unidade de saúde para uma avaliação dos sintomas e dos sinais de alarme”. O médico também orienta se evitar a automedicação, especialmente o uso de anti-inflamatórios para se diminuir o risco de sangramentos e  reforçar a hidratação. (Ascom Sesau)