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Polí­cia

Armas teriam sido apreendidas em matagal segundo PM

Armas teriam sido apreendidas em matagal segundo PM Foto: Polícia Militar

Foto: Polícia Militar Armas teriam sido apreendidas em matagal segundo PM Armas teriam sido apreendidas em matagal segundo PM

A Polícia militar apresentou no final deste sábado, 2, sua versão para o confronto armado que aconteceu em Araguatins durante tentativa de ocupação da Fazenda Santo Hilário por parte de integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST). A Polícia Militar informou que se deslocou ainda na madrugada  até a fazenda, a cerca de 30 km do município para atender uma solicitação, que segundo informações, Carlos Alberto Teixeira de Castro, aposentado de 71 anos juntamente com sua companheira e filhos estavam cercados por uma suposta quadrilha naquela fazenda e que estava acontecendo uma troca de tiros. Segundo Carlos, ele se encontrava na fazenda visitando um amigo. 

Chegando nas proximidades da sede da fazenda, aproximadamente a 3 km, a PM encontrou algumas motos e cerca de 20 homens no local. Durante abordagens na estrada que dá acesso a fazenda, a PM interceptou um caminhão Mercedes Benz 13/13, Placa BMP 1851 conduzido por Antônio Monteiro Cruz, que segundo ele transportava em caráter de frete os membros do movimento para aquele local.

O condutor do caminhão informou aos policiais militares que havia aproximadamente 100 pessoas na sede da fazenda sendo que elas se tratavam de membros do movimento sem terra, sendo que  20 delas estavam armados de espingarda e que alguns destes já teriam trocados tiros com moradores na fazenda. Com reforço no número de policiais e viaturas da PM e Polícia Civil, as guarnições retornaram ao local e encontraram Carlos o qual declarou ter realizado alguns disparos a fim de garantir a integridade física de seus familiares haja vista que no momento da tomada da fazenda os membros do movimento estavam com rostos cobertos e que ele imaginou serem assaltantes.

Segundo ainda a PM, Carlos informou que os integrantes do MST já chegaram atirando. Ele declarou também ter sido agredido fisicamente pelos integrantes do Movimento Sem Terra e de acordo com o ele, sentia forte dores na costela direita e dores no braço direito, além de ter sofrido ameaça juntamente com sua família.

Conforme as informações divulgadas pela PM, o  veículo do Carlos Teixeira estava com todos os vidros quebrados, pneus furados, capô e lataria amassados. No local também foi verificado que houve sacrifício de animais e que os mesmos estavam esquartejando para o consumo. Segundo os membros do movimento sem-terra, quando chegaram para tomar a propriedade, Carlos Teixeira efetuou alguns disparos.

Durante diligências, a PM encontrou no matagal, próximo a sede da fazenda os seguintes materiais: 01 carabina calibre 22; 5 espingardas por fora bate-bucha; 7 cartuchos 3t calibre 16; 1 cartucho deflagrado calibre 38; 1 cartucho deflagrado calibre 28; 1 frasco de espoleta; 1 porção de chumbos; 2 tubos de pólvora; 200 gramas de chumbo pronto para uso, material bélico este supostamente pertencentes aos membros do movimento, porém, não sendo possível identificar o possuidor de cada arma. Também foi localizada 1 pistola PT 100 com dois carregadores pertencente a Carlos Teixeira a qual foi danificada.

Várias marcas de tiros nas portas, janelas e paredes dos quartos, foram vistos pelos policiais militares. O Comandante da 4ª CIPM, Capitão Valdeonne esteve à frente da operação e no decorrer da manhã negociou

com os líderes do movimento para que os mesmos se retirassem do local. Um dos integrantes do movimento, o sr. Francisco José dos Santos, lavrador de 52 anos, no momento da tomada da fazenda foi alvejado com um disparo no quadril do lado direito.

A ambulância do hospital foi acionada e conduziu Francisco José ao Hospital Municipal de Araguatins. Após intensas negociações feitas pela PM, os membros do movimento sem-terra, cerca de 80 pessoas, concordaram em sair pacificamente do local, a PM deu todo apoio e suporte, a fim de garantir a integridade dos mesmos e foram escoltados até o acampamento de origem. Carlos Teixeira e todas as armas apreendidas foram entregues na Delegacia de Polícia da cidade de Augustinópolis para as providências. O local foi periciado.