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Estado

Foto: Divulgação

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Integrantes do Instituto Crespas.TO realizam neste domingo, 17, na Praça dos Girassóis a partir das 14 horas, o Movimento Encrespa Palmas. O ponto de encontro para o evento será na cachoeira, próxima ao Palácio Araguaia. Criado em 2014, o grupo busca combater e discutir o preconceito social.

De acordo com a coordenadora do Instituto, Maria José Cotrim, o Movimento não se trata apenas em debater sobre cuidados com o cabelo, mas também trabalhar a aceitação e valorização étnico-racial, no qual o cabelo é um dos elementos.

“Idealizei esse movimento com base na necessidade de combate efetivo a todas as formas de preconceito e discriminação. Existe enraizado na nossa sociedade o conceito discriminatório que existe cabelo bom e ruim o que afeta diretamente a formação da identidade étnico-racial das crianças e muitas mulheres. Nosso movimento visa fazer essa reflexão trabalhando com a autoafirmação e valorização do cabelo crespo”, explicou. 

Com pouco mais de um ano, o Instituto Crespas.TO vem ganhando nas redes sociais adeptos de todo o País. O grupo que defende a autoafirmação, por meio de debates em instituições educacionais mostra que trata-se de uma ideia preconceituosa e errônea a dissociação do cabelo crespo com beleza.

Durante o bate-papo que visa reunir pessoas que acreditam e compartilham da causa, além da troca de experiências sobre cuidados com cabelos, penteados, maquiagem e amarrações de turbantes o grupo faz uma reflexão para o preconceito velado, com a palestra sobre: Uma questão de identidade, que aborda sobre a herança genética e cultural deixada pelos nossos descendentes e perpetua até os dias atuais.

Conforme Thaís Souza, integrante do grupo é cada vez maior o número de adeptos ao cabelo crespo. “Na página que temos no facebook é impressionante a quantidade de relatos de pessoas guerreiras que assumiram sua identidade, seus cabelos, que se amam independe dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade”, disse.

O Movimento Encrespa Palmas é gratuito. É importante que os interessados em aprender as amarrações de turbantes, caso tenham tecidos, levem para o encontro.