O manifesto dos servidores públicos na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 17, gerou repercussão entre os deputados estaduais. Eles acompanharam a sessão com faixas e cartazes. A mobilização dos grevistas é para tentar sensibilizar os deputados.
O presidente da Casa de Leis, Osíres Damaso (Democratas) disse que a Assembleia vai ajudar a resolver o impasse. “O governo mandou uma batata quente para a Assembléia que é o parcelamento, essa é a oportunidade do parlamento fazer um trabalho de defesa do Tocantins garantindo o direito dos servidores de contribuir com o Estado”, disse.
A CCJ, presidida por Valdemar Junior, tem competência de analisar legalidade da matéria depois a matéria vai para a Comissão de Finanças que avaliará as condições financeiras do Estado para o pagamento do benefício.O presidente diz ainda que os comerciantes, produtores e outras categorias estão sendo prejudicados com a greve. “ complica toda a cadeia produtiva”, disse.
O presidente da Comissão de Finanças da Casa de Leis, Amélio Cayres se comprometeu com os servidores presentes a convidar os representantes para discutir o assunto quando a matéria chegar na Comissão. “É lei, não se discute a obrigatoriedade mas a forma de fazer se não entrar em entendimento quando esse assunto chegar na Comissão não farei sem tentar provocar o entendimento para que seja feito a esse pagamento. Comprometo-me na discussão do mérito convocar sindicatos para discutir esse assunto na tentativa de entendimento. Não faremos sem a presença dos representantes dos sindicatos”, disse. Cayres disse que a situação do Estado está realmente crítica. “É necessário criar mecanismos para crescer bolo de arrecadação desse Estado”, disse.
Cayres chegou a sugerir um requerimento se comprometendo a ouvir os sindicatos e ainda a suspensão da greve até o dia da audiência. Os Sindicatos devem levar a sugestão para deliberação em Assembleia.
Presente na Assembleia o representante do Comando de greve, vice-presidente do Sisepe, Milton Rocha afirmou ao Conexão Tocantins que a proposta de suspensão da greve para que a categoria seja ouvida na Comissão da AL em audiência será deliberada às 16 horas em Assembleia da categoria em frente à Secad. “Temos que ouvir a base, não entramos nem saímos de uma greve sozinhos, vamos avaliar em conjunto”, disse.
Os servidores entraram em greve nesta terça-feira, 16, mesmo o governo já tendo encaminhado a proposta.