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Estado

Foto: Divulgação

A priorização do programa PEC (Programa Estrada do Conhecimento), neste semestre, garantiu a realização das atividades propostas pelo Banco Mundial. O Programa estava com o seu andamento atrasado desde 2013, e a partir deste ano as ações cumprem acordo de empréstimo assinado pelo Governo do Estado em 2012, com o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) / Banco Mundial / Brasil, com o objetivo de subsidiar o Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRIS).

Entre as ações que foram retomadas estão serviços de consultoria individual para pesquisa diagnóstica, a fim de minimizar os problemas econômicos e sociais, particularmente, nos temas de gênero nas unidades escolares dos municípios integrantes do PEC. O objetivo é desenvolver ações voltadas para o fortalecimento da educação com vistas a minimizar as condições de vulnerabilidade social das crianças e adolescentes dos municípios às margens da BR 153, e implementação da Melhoria da Qualidade da Educação, integrante do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável/PDRIS.

A pesquisa consiste em entrevistas semiestruturadas e grupos focais com alunos, pais, servidores das Unidades Escolares e membros da comunidade. Com esses levantamentos e informações será elaborado um Plano de Ação de Fortalecimento dos Municípios, que permita planejar as atividades necessárias para minimizar a vulnerabilidade dos alunos e suas famílias. Esse trabalho está sendo coordenado pela professora doutora da UFT (Universidade Federal do Tocantins), Têmis Gomes Parente, que foi contratada como consultora individual. Além dela, participa a consultora do Banco Mundial, Karla Dominguez, que foi recebida nesta segunda-feira, 22, pelo secretário da Educação, Adão Francisco de Oliveira.

Segundo a pesquisadora da UFT, professora Têmis Gomes, a partir dos levantamentos será possível elaborar um documento para saber o que o município precisa, e com esses dados o Banco Mundial terá um mapeamento real onde devem ser investidos os recursos. “Entre esses investimentos estão reforma e ampliação de escolas, investimento em educação infantil e de ensino médio, e principalmente queremos encontrar as causas da prostituição infantil, para que sejam planejadas ações que visam coibir esse tipo de exploração”, disse a pesquisadora.

Para a consultora do Banco Mundial, Karla Dominguez, a retomada do PEC representa o comprometimento do Estado com as questões de desigualdades no Tocantins. “Nesta visita percebi uma equipe comprometida em levar esse trabalho adiante, preocupada com a questão da vulnerabilidade das crianças e adolescentes. Por isso, essa pesquisa é de suma importância para conhecermos realidade do Estado, no que diz respeito a exploração de menores de idade e o que pode ser investido para minimizar esse problema”, frisou a consultora mexicana.

Para a diretora de Desenvolvimento da Gestão Escolar, Valdete Pagani, a retomada do programa é resultado de um esforço coletivo na Seduc. “Trabalhamos muito para não perdermos os recursos do Banco Mundial. E agora as ações estão sendo priorizadas, e quem ganha com isso são as nossas crianças”, disse a diretora. 

O secretário Adão Francisco, durante a visita das técnicas, apresentou o mapa da desigualdade sócio educacional no Tocantins. Nessa pesquisa foi possível conhecer as disparidades que permeiam a realidade da educação. “Esse levantamento nos permite mapear a situação da educação e traçar políticas públicas efetivas para o combate às desigualdades. O mais importante é que o índice pode ser aplicado em todo o Brasil, vamos poder aplicá-lo por escola, por município, por microrregião, por Estado”, finalizou o secretário.