O deputado estadual líder do governo, Paulo Mourão (PT) disse que todos são a favor de pagar a data-base numa parcela única. “O governo não faz mais que sua obrigação de pagar e pagar bem seus servidores”, disse.
Mourão disse que ao longo dos 25 anos dentre acertos e benefícios houve alguns equívocos. “É preciso ver o Estado como um todo, é preciso construir um estado onde o servidor é bem servido e da uma resposta qualitativa para o Estado. Estamos caminhando para uma situação irreversível é o único estado que se encontra à beira de uma situação econômica e financeira”, disse.
Para exemplificar a gravidade dos cofres públicos Mourão falou alguns dados do Igeprev com relação à aposentadoria. O parlamentar disse que em 2014 o Estado teve receita de R$ 564 milhões e teve despesa de R$ 519 milhões, um saldo positivo de R$ 45 mil já em 2015 as despesas foram de R$ 534 mi. Para 2016 a estimativa é de R$ 527 mi despesa de R$ 542 milhões, um saldo negativo de R$ 15 mi. “Em 2016 começa o desequilíbrio financeiro”, comentou ao falar do risco das aposentadorias dos servidores.
“Não tem financeiro para pagar os R$ 158 milhões porque ainda temos as progressões, é uma bola de neve”, disse ao citar que a média salarial dos servidores do Quadro Geral é de R$ 3.015 mil. “É preciso compreendermos que temos que garantir o futuro do Estado e dos servidores”, frisou. O líder desafiou: “Apontem onde existe financeiro para pagar de uma vez só”, disse.
Mourão citou ainda que o Estado continua desenquadrado comprometendo mais de 60% com despesa de pessoal. “A intransigência que não quer diálogo é a que amanhã vai chorar pela falta de salário. As pessoas no futuro chorarão e muito pelos seus salários atrasados”, disse.
Em discurso exaltado e com manifestação dos servidores Mourão disparou: “Nós não falamos em produtividade, não falamos em melhoria de serviço, hoje o Estado vive em função da data-base, vamos pagar a data-base e vamos colocar em risco o futuro”, afirmou.