O deputado Wanderlei Barbosa (SD) usou a tribuna na sessão desta quinta-feira, 2, para criticar um projeto polêmico aprovado ontem, dia 1º de julho, na Câmara Municipal de Palmas. A medida estabelece o programa Educacional de Salas Integradas e cria 320 cargos de monitores de desenvolvimento infantil e mais 50 de monitor de atividade ampliada com exigência apenas de nível médio. Segundo o parlamentar, esses cargos seriam criados para substituir professores do magistério demitidos no mês de junho. Os professores exerciam funções no Sistema de Educação Infantil do Município de Palmas.
Para Wanderlei, a substituição é inadmissível, pois os monitores não têm capacitação adequada para ocupar o cargo e educar as crianças. “A fim de resolver um problema de ordem financeira, desqualificam a educação nas creches da capital, uma vez que o projeto prevê a contratação de apenas um professor por sala e os outros cargos serão substituídos por monitores. Os professores recebiam cerca de 1.900 reais e esses ‘cuidadores’ serão contratados por um salário de 800 reais. Quero saber se esses 630 contratos expirados no mês passado serão restabelecidos em agosto”, questionou.
O deputado lamenta que esse projeto tenha sido aprovado. “Os servidores não merecem serem humilhados porque são contratados, tem que ser tratados com respeito”, disse.
Para Wanderlei, o prefeito deixou a educação entrar de férias para fazer e votar a matéria na calada da noite. “Qual a motivação que esses profissionais vão ter, ganhando salário bruto de R$ 1 mil reais? É a vida do profissional da educação”, disse Wanderlei.
Para finalizar, o deputado afirmou que os educadores do Estado do Tocantins jamais terão o seu voto contrário em matéria nenhuma de qualquer natureza e pediu ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) que se posicione em relação ao que está acontecendo com a educação de Palmas.