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Geral

Foto: Divulgação

Tapetes, almofadas, colchas, pesos de porta, prendedores de cabelo, jogos de mesa, sapatos de bebê, bonecas e até roupas, tudo feito com crochê, de todas as formas e cores. Os produtos confeccionados pelas egressas e reeducandas da UPFP - Unidade Prisional Feminina de Palmas estão expostos para comercialização a partir desta quarta-feira, 8, até sexta-feira, 10, de 9 às 15h30, no hall de entrada do Fórum de Palmas, na Avenida Theotônio Segurado.

As peças variam de R$ 30,00 a R$ 300,00 e são produzidas e vendidas pelas reeducandas da unidade prisional, autorizadas a participar da ação pelo juiz, levando em consideração além do trabalho social, o bom comportamento. Pioneira no projeto, a artesã P.F.R é uma delas. Ela conta que vê no Bazar uma chance de geração de renda e reinserção social. “A gente vai aprendendo a melhorar os nossos próprios produtos e ter uma renda extra como oportunidade distante das grades”, considera.

A defensora pública Maurina Jácome, com a ajuda da assistente social Simone Martins, idealizou o projeto, numa referência ao trabalho, liberdade e geração de renda. De acordo com a Defensora Pública, responsável pela área de execução penal, o Bazar para elas é uma oportunidade de ressocialização, de mostrar que são capazes de produzir enquanto cumprem pena e que estão buscando condições de retornar ao convívio social com novas oportunidades.

Expansão

Em ação da Defensoria Pública do Tocantins, a consultora de moda Patricia Fregonesi ministrou na unidade prisional, no mês passado, a palestra “Tendência de moda em crochê” para as participantes do Bazar Três Pontos. Na ocasião, Patricia despertou novas perspectivas de empreendedorismo para o projeto, apresentando possibilidades de produções que vão além dos usuais tapetes, colchas e jogos de mesa. Além da palestra, outras visitas da consultora de moda estão sendo agendadas para dar continuidade à proposta.

Bazar

Concebido em maio de 2013, o “Bazar Três Pontos” é uma realização da Defensoria Pública do Estado do Tocantins em prol da ressocialização das reeducandas, oportunizando também a remição da pena, já praticada pela Unidade Prisional. As reeducandas devem produzir no mínimo 10 peças por mês, a fim de remir 10 dias de pena. O Bazar está sob a coordenação da defensora pública Maurina Jácome e da assistente social do Serviço Social/Criminal, Simone Martins.