Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Divulgação  Além das ações nas escolas, a campanha contará com distribuição de materiais impressos, veiculação em rádios, televisão e internet Além das ações nas escolas, a campanha contará com distribuição de materiais impressos, veiculação em rádios, televisão e internet
  • Profissionais da saúde e representantes escolares de diversas cidades tocantinenses estiveram no auditório do Palácio Araguaia

Cerca de 200 profissionais da saúde e representantes escolares de diversas cidades tocantinenses marcaram presença no auditório do Palácio Araguaia nesta quarta-feira, 22, para conferir o lançamento da Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses e Tracoma, que está sendo realizada no Tocantins através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e tem como público-alvo crianças e jovens, com faixa etária entre cinco e 14 anos, estudantes do ensino fundamental de escolas públicas. 

As ações da campanha acontecerão nas escolas estaduais e municipais de 77 cidades tocantinenses, sendo que, destas, 74 foram considerados pelo Ministério da Saúde como cenários endêmicos das doenças e outras três delas, Ananás, São Salvador e Palmeirante, solicitaram, de forma voluntária, a inclusão dos municípios na campanha. O objetivo deste trabalho é esclarecer sobre a cura, ensinar as formas de proteção e auxiliar na identificação de sinais e sintomas, favorecendo o diagnóstico precoce e o tratamento imediato. 

No evento, o secretário da Saúde do Tocantins, Samuel Bonilha, explicou que 623 escolas da rede pública vão receber ações da campanha, que irão atingir, no total, 143.399 alunos. “Somente em Palmas, 63 escolas receberão ações e 30.865 alunos serão incluídos nas atividades de prevenção, diagnóstico e controle das doenças”, disse. O titular da pasta afirmou ainda que, no Tocantins, além da hanseníase, das verminoses e do tracoma, também serão inseridas à campanha estratégias de prevenção e diagnósticos contra a tuberculose. 

De acordo com a diretora de Doenças Não Transmissíveis e Transmissíveis da Sesau, Adriana Cavalcante, as cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde receberão verbas federais para execução da campanha. “A previsão é que essa verba seja liberada ainda no mês de julho. O valor destinado para cada município irá variar conforme o seu porte populacional”, explicou. Ela frisou também que a campanha iniciará no dia 31 de agosto e finalizará no dia 31 de outubro deste ano. 

Prevenção nas Escolas 

Segundo Adriana Cavalcante, a campanha contará com a importante parceria dos professores, que farão o elo entre as escolas e os agentes de saúde.  “As crianças receberão uma ficha de autoimagem, que levarão para casa e pedirão aos seus pais para preencherem. Nessa ficha, há o desenho de um boneco, onde os pais irão identificar nele quais são os locais onde a criança possui manchas. Após o preenchimento, a criança retornará com essa ficha para escola e entregará para o professor, que posteriormente, irá encaminhá-la ao Posto de Saúde do município”, explicou. 

Conforme a diretora, após esse processo, os profissionais do Posto de Saúde farão uma análise da ficha e, nos casos onde há manifestação de suspeita das doenças, as famílias serão procuradas pelos agentes para fazer o tratamento adequado. 

Adriana Cavalcante disse ainda que as escolas da rede particular de ensino também podem participar da campanha, bastando para isso procurar a secretaria de Saúde do seu município. 

Ações nos Municípios 

O secretário de Saúde do município de Palmeirante, Nagib Lima, explicou o motivo que levou a cidade a aderir de forma voluntária à campanha. “Temos a visão que é muito mais barato para o nosso município prevenir esses tipos de doenças do que esperar que elas aconteçam para tomar as providências. Por isso, achamos de fundamental importância a inserção de Palmeirante nesse processo de cuidado com a saúde das nossas crianças”, disse. 

A enfermeira da cidade de Xambioá Leudina Sousa Gomes, especialista no tratamento do tracoma, explicou como é feito o trabalho de prevenção a esta doença nas escolas do município. “Chegamos à escola e examinamos os olhos das crianças para identificar se há algum sinal da doença. O estudante que for detectado com o tracoma recebe um medicamento para tratamento. Após seis meses, nós retornamos novamente às unidades escolares para darmos prosseguimento ao tratamento, dando a segunda dose do remédio para a criança. É importante frisar que não apenas a criança identificada com tracoma é tratada, mas também toda a sua família, ainda que eles não apresentem sintomas da doença”, finalizou. 

Campanha 

Além das ações nas escolas, a campanha contará com distribuição de materiais impressos, veiculação de spots nas emissoras de rádio, divulgação de informações na internet (sites institucionais e redes sociais) e também através de inserções comerciais nas emissoras de televisão. (Secom/TO)