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A cana-de-açucar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira

A cana-de-açucar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira Foto: Luciano Ribeiro

Foto: Luciano Ribeiro A cana-de-açucar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira A cana-de-açucar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira

No período de estiagem, entre junho e setembro, a baixa disponibilidade de forragem no pasto prejudica o desempenho de bovinos, resultando em perda de peso, declínio acentuado da produção de leite, diminuição da fertilidade e enfraquecimento geral do rebanho. Para manter a nutrição adequada dos animais, a suplementação alimentar é fundamental.

As soluções para a alimentação dos rebanhos para este período são reforçadas pelos técnicos da área de produção animal da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro). São as alternativas disponíveis para reforçar a alimentação e assegurar o desenvolvimento dos rebanhos.

De acordo com o zootecnista da Seagro, Marcos Fernandes, entre as alternativas para assegurar um melhor padrão alimentar, as que apresentam maior praticidade e economicidade estão, a utilização de capineiras, dos bancos de proteínas, da cana-de-açúcar + ureia e do diferimento de pastagens. 

O zootecnista explica que para ajudar na alimentação, nesse período, existem várias alternativas de alimentação que podem suprir as necessidades dos rebanhos, mas alerta que o pecuarista deve se antecipar à estiagem formando capineiras. “Geralmente um hectare de capineira, bem manejado, pode fornecer forragem para alimentar de dez a 12 vacas durante o ano”, afirma.

Reforço alimentar

Segundo ele, no Tocantins o capim-elefante e a cana-de-açúcar são as forrageiras mais utilizadas na formação de capineira, por sua elevada produção de matéria seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além de ser bem aceito no paladar dos animais.

Ainda de acordo com Marcos Fernandes outra tecnologia bastante utilizada são os bancos de proteínas, onde o produtor disponibiliza piquetes com cultivo exclusivo de uma leguminosa que servirá de pasto, durante um período restrito, cerca de três a quatro horas por dia, para vacas em lactação ou outros animais que necessitem. “E ainda, a mistura de cana-de-açúcar acrescida da ureia são fontes de energia e proteína e servem como suplemento alimentar para o gado bovino. Para obter melhor resultado o produtor deve disponibilizar bastante pasto seco”, enumera o zootecnista.  

Na prática

O produtor rural Itamar Rodrigues Toledo, do município de Palmas, conta que todos os anos planeja para enfrentar o período mais seco, fazendo a suplementação alimentar e que com isso tem obtido bons resultados com a criação de gado de leite. “Mantenho uma pastagem irrigada e de sequeiro e planto milho para produzir silagem”, explica.

“Tenho apoio do governo do Estado, por meio da Seagro e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), que disponibilizam técnicos para nos orientar, acompanhando o desenvolvimento da produção”. Itamar Rodrigues complementa que junto com a produtividade, também melhorou também o padrão genético do rebanho e a produção de leite que aumentou de cerca de 80 litros para 400 litros por dia. (Ascom Seagro)