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Educação

Foto: Luiz Melchíades Durante o encontro, o secretário falou sobre as propostas da Seduc durante as negociações com a categoria Durante o encontro, o secretário falou sobre as propostas da Seduc durante as negociações com a categoria
  • João Victor de Oliveira, estudante
  • O presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Don Alano salientou que a educação irá avançar a partir do diálogo

Um grupo formado por cerca de 30 estudantes foi recebido na manhã desta sexta-feira, 7, pelo secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, para discutir sobre a greve dos professores da rede estadual. Na ocasião, o secretário repassou para os alunos todas as propostas feitas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet). Após a reunião, os alunos solicitaram uma audiência pública para discutir o assunto com representantes do Governo, Sintet e docentes.

O secretário Adão Francisco explicou que já negociou com o Sintet o pagamento dos passivos das progressões referentes a 2013, que corresponde a um valor de cerca de R$ 6,6 milhões, cujo pagamento começará logo após o fim da greve. Com relação às progressões do ano de 2014, o secretário afirmou que deverão ser incorporados mais de cinco mil professores, gerando um impacto de mais de R$ 4,2 milhões. Além disso, como passivo deste reajuste, a Seduc deverá pagar mais cerca de R$ 15,6 milhões. Já as progressões profissionais do ano de 2015, a expectativa é que sejam pagas a partir do segundo semestre de 2016.

Outra proposta para a reivindicação dos professores foi a equiparação dos salários dos profissionais contratados aos dos efetivos. Conforme o secretário, isso será feito a partir de outubro, sendo que o salário inicial para professor com 40 horas, passará dos atuais R$ 3.732,03 para R$ 3.881,44. “A proposta que estamos oferecendo para a educação é a melhor do País, e não temos condições financeiras de avançar além do que propomos”, explicou o secretário Adão Francisco.

Durante a reunião, o secretário Adão Francisco falou do planejamento estratégico para a Educação com propostas para os próximos 30 anos. Ressaltou os cortes no orçamento da educação, os desafios e o compromisso para melhorar as condições físicas das 548 escolas do Tocantins. “Não podemos resolver em seis meses, todas as pendências deixadas nas gestões passadas”, frisou.

O estudante João Victor de Oliveira, matriculado no 3º ano do ensino médio no Colégio da Polícia Militar, está torcendo para que o impasse da greve seja resolvido logo. “Vejo que o governo está fazendo o possível para atender as reivindicações dos professores e não tem como avançar mais, mas os professores ainda estão em greve. Acho que tem algo errado, queremos que as aulas sejam retomadas para que não sejamos prejudicados ainda mais”, destacou.

Ricardo Vieira, presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Don Alano também falou sobre suas percepções com relação a educação. “Percebi que a educação do Tocantins vai avançar pelo diálogo. Essa conversa foi um marco e quero dizer aqui que não estamos contra os professores e nem contra o governo, queremos que o impasse seja resolvido para não sermos prejudicados sem aula”, afirmou.

Ao final do encontro, o secretário fez uma avaliação positiva com relação à iniciativa dos estudantes. “É muito bom perceber a capacidade de articulação desses alunos, é um movimento legítimo e isso é importante para a formação humana, daí a relevância desse momento. Foi importante receber os alunos porque eles são os mais prejudicados. Este foi um debate aberto, uma lição de democracia”, ressaltou Adão Francisco.

Reunião

Também participaram da reunião, a subsecretária da Educação Morgana Nunes, diretores da Seduc e diretores das Regionais de Educação. (Ascom Seduc)