O Governo do Estado apresentou nesta quinta-feira, 20, uma nova proposta para tentar finalizar a greve dos profissionais da educação do Tocantins. O documento foi entregue oficialmente na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) pelos secretários de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira e da Administração, Geferson Oliveira Barros.
A nova proposta reduz o prazo para pagamento das progressões de 2013 para cinco parcelas entre os meses de agosto e dezembro de 2015. Anteriormente, este valor, que soma mais de R$ 6,6 milhões, seria pago em seis parcelas.
Outra mudança trazida na nova proposta do Governo foi com relação ao “passivo” gerado com as progressões do ano de 2014, que gira em torno de R$ 15,6 milhões. Inicialmente proposto para iniciar o pagamento em janeiro de 2016, a nova tratativa prevê a antecipação da primeira parcela do pagamento para dezembro de 2015. Desta forma, mantidas as quatro parcelas do pagamento, o Governo propôs que este seja feito nos meses de dezembro/15, janeiro/16, fevereiro/16 e março/16.
A incorporação de 5.030 professores, referente ao ano de 2014, o que acarreta em um impacto de mais de R$ 4,2 milhões na folha de pagamento, será dividida em duas vezes, entre setembro e outubro de 2015, da mesma maneira como estava na proposta anterior. Outra proposta que ficou mantida foi com relação às progressões de 2015 que serão incorporadas e suas diferenças pagas nas folhas de agosto a dezembro de 2016.
Para o secretário Adão Francisco de Oliveira, a proposta foi realista dentro do atual contexto de contingenciamento de despesas pelo qual o Estado passa. De acordo com o gestor, as equipes econômicas do Governo estiveram reunidas de forma intensa, buscando encontrar possibilidades para que se gente pudesse complementar aquilo que já havia sido proposto. “O resultado foi um conjunto de ajustes que o Governo fez para antecipar o início do pagamento das progressões de 2014”, explicou.
Presente na reunião, o secretário da Administração, Geferson Barros, destacou os esforços que o Governo vem assumindo no sentido de garantir um acordo que contemple a categoria dos trabalhadores em educação, ao mesmo tempo que se encaixe na atual situação financeira do Estado. “Muitas vezes pode parecer que não estamos nos esforçando para atender a todas as demandas mas, na verdade, o esforço é muito grande”, disse.
Ao final da reunião, o presidente do Sintet, José Roque Santiago afirmou que levará a proposta para a diretoria do sindicato para que seja analisada e, caso aprovada, reapresentada em uma assembleia da categoria. “Nós recebemos a proposta e agora vamos levar para que seja analisada pela nossa diretoria e analisar de há a possibilidade de ser convocada uma assembleia geral”, completou.