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Educação

Foto: Luiz Melchíades

Segundo informou a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), grande parte das escolas tocantinenses já retornou às atividades normais, neste segundo semestre letivo. De um total de 439 escolas, apenas 87 seguem em greve total. O valor corresponde a 64,01% de unidades escolares que estão em funcionamento normal; 16,17% em paralisação parcial e apenas 19,82% em paralisação total. Com isso, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem mantido o calendário escolar, bem como chamado atenção para o retorno das aulas, tendo em vista a continuidade do aprendizado dos alunos, mas sem deixar o diálogo com a categoria dos professores.

Conforme o levantamento feito pela Seduc junto às Diretorias Regionais de Educação (DRE), depois de 47 dias de paralisação - descontado o mês de julho quando a greve foi suspensa para as férias escolares, das 439 escolas da rede estadual, 281 estão em funcionamento normal, enquanto 71 funcionam normalmente e outras 87 estão paralisadas. Além disso, as 92 escolas de educação indígena estão em funcionamento normal. 

(Confira abaixo a situação por cada Diretoria Regional de Educação)

Total                

Funcionamento Normal                        

Funcionamento Parcial                              

Paralização Total

Araguaína

69

49

12

8

Araguatins 

42

28

0

14

Arraias

19

13

4

2

Colinas 

19

14

5

0

Dianópolis 

23

6

6

11

Guaraí 

27

17

3

7

Gurupi 

56

47

3

6

Miracema

20

14

4

2

Palmas 

45

16

16

13

Paraíso

36

25

4

7

Pedro Afonso 

14

12

2

0

Porto Nacional 

46

30

6

10

Tocantinópolis

23

10

6

7

Total

439

281

71

87

Palmas

No Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) de Palmas as turmas de 4º e 5º ano estão tendo aulas normalmente. Conforme a diretora da unidade escolar, o retorno às atividades é uma preocupação não só dos educadores, mas de toda a comunidade. “Os alunos estão voltando com a iniciativa dos pais. Hoje, queremos recuperar e amenizar o déficit deixado por este longo período fora da escola”, afirmou Marisa Santos.

Preocupada com o aprendizado dos três filhos que estudam no Caic, Maria do Socorro Sousa esteve na escola para acompanhar a rotina no colégio. Ela relatou que, com a greve dos servidores da educação, os filhos já estavam ficando dispersos. “Agora, estou muito feliz porque as escolas estão decidindo voltar às aulas. Sem aula não dá. Fico triste ao ver muitas crianças prejudicadas com a falta de aulas em algumas escolas”, disse.

Outra mãe que também esteve no Centro foi Lucicléia Pinheiro. Com um filho matriculado na escola, ela contou o alívio pelas atividades escolares estarem retornando a rotina de aulas. “Meu filho sempre me perguntava quando as aulas iriam retornar. Estou feliz por ele estar de volta na escola, mas queremos que dê tudo certo para que todos retornem às escolas”, frisou.

Maria Neusa Neres Barbosa é professora dos alunos do 4º ano. Segundo ela, a grande preocupação dos educadores é com relação ao tempo que os alunos ficaram fora da sala de aula.  “Estamos fazendo revisão dos conteúdos e pedindo ajuda aos pais para que tragam os alunos para a escola. Até os próprios alunos também estão chamando os colegas para também retornarem às aulas”, contou.

“Votar à escola, estudar e ver meus amigos é muito bom”, disse a aluna do 5º ano, Caroline Nunes. Para ela, a vontade de estudar é refletida em todos os colegas de sala. “Estávamos com saudades de escrever. Professores, estamos com saudades de vocês, voltem logo para as escolas”, completou.

Proposta

Nessa quinta-feira, 20, o Governo do Estado apresentou uma nova proposta para tentar finalizar a greve dos profissionais da educação do Tocantins. A nova proposta reduz o prazo para pagamento das progressões de 2013 para cinco parcelas entre os meses de agosto e dezembro de 2015. Anteriormente, este valor, que soma mais de R$ 6,6 milhões, seria pago em seis parcelas.

Outra mudança trazida na nova proposta do governo foi com relação ao “passivo” gerado com as progressões do ano de 2014, que gira em torno de R$ 15,6 milhões. Inicialmente proposto para iniciar o pagamento em janeiro de 2016, a nova tratativa prevê a antecipação da primeira parcela do pagamento para dezembro de 2015. Desta forma, mantidas as quatro parcelas do pagamento, o Governo propôs que este seja feito nos meses de dezembro de 2015 e janeiro, fevereiro e março de 2016.

A incorporação de 5.030 professores, referente ao ano de 2014, o que acarreta em um impacto de mais de R$ 4,2 milhões na folha de pagamento, será dividida em duas vezes, entre setembro e outubro de 2015, da mesma maneira como estava na proposta anterior. Outra proposta que ficou mantida foi com relação às progressões de 2015 que serão incorporadas e suas diferenças pagas nas folhas de agosto a dezembro de 2016. (Ascom Seduc)