Os deputados estaduais discutiram na sessão desta quinta-feira, 10, os problemas econômicos e as medidas que serão adotadas pelo governo estadual. O deputado da oposição, Eduardo Siqueira Campos (PTB) foi o primeiro a falar do assunto e disse que será preciso analisar com cautela todas as providências a serem tomadas. Eduardo Siqueira pediu que o Parlamento dê total atenção às matérias quando forem encaminhadas ao Legislativo Estadual, para que o cidadão não seja ainda mais penalizado. Eduardo propôs um debate amplo sobre a estrutura da administração e que os deputados questionem o custo de cada órgão do Governo, e ainda, os motivos para que cada Secretaria tenha sua estrutura mantida ou não. O deputado indagou a existência de algumas pastas criadas no passado, mas que atualmente não desenvolvem políticas públicas diretas ao cidadão. “O dinheiro todo é gasto na atividade meio. E uma pasta como esta não faz mais sentido de existir”, afirmou.
Eduardo Siqueira defende essa análise pela Assembleia, para que o Parlamento proponha ao Governo a redução de gastos, antes que a Casa aprove qualquer tipo de aumento de impostos. “É preciso que se faça redução de secretarias, extinção de pastas, redução de despesas públicas, para que o cidadão não tenha que suportar ainda mais carga tributária”, frisou.
O Parlamentar destacou a reação dos líderes nacionais do PMDB à possibilidade de proposta do Governo Federal em recriar a CPMF e aumentar o Imposto de Renda. Mesmo com a sigla pertencendo à base do Governo, mas neste momento preferiu defender a população. Em nível estadual, Eduardo Siqueira propôs que se faça o mesmo. “Só haverá aumento de impostos se a Assembleia Legislativa permitir”, argumentou.
O deputado do PMDB, Elenil da Penha saiu na defesa do governo estadual e disse que o governador Marcelo Miranda tem a clara visão do cenário e que vai mandar para a Assembleia as medidas com cortes de despesas. “Vamos conseguir enfrentar as adversidades e concluir nosso mandato com a percepção clara de que parte dos problemas foram solucionados”, disse. Conforme o parlamentar, esse ano ainda teremos a proposta pronta para a sociedade.
Eli Borges do Pros afirmou que é necessário um pacto federativo. Ele mencionou que há muitas pessoas no Estado ganhando mais que o teto constitucional, no caso o salário do governador. “O bolo no Tocantins tem que ser melhor dividido”, disse. Para ele, o debate tem que ser profundo, amplo com visão em todos os setores da sociedade.
O parlamentar disse que o Tocantins tem que ser pensado pela sociedade em geral. “A coisa ficou tão grave que agora é hora de sentar na mesa”, disse. Ele frisou que não quer discutir o que chamou de “varejinho”. “ O Tocantins está na UTI e a dose tem que ser cavalar para tirá-lo. A solução não está no remendo e pano velho”, disse.
O pacote de medidas do governo com as medidas de contenção e demais ações ainda não foi encaminhado para a Assembleia Legislativa e é aguardado pelos deputados estaduais.