Representantes da sociedade foram convidados a debater as pautas do indicativo de greve na Câmara Municipal de Palmas nessa quinta-feira, 10. O debate ocorreu no formato de sessão especial, no qual os interessados tiveram espaço para questionamentos e busca de soluções. O professor municipal Valter Francisco de Almeida e o vereador professor Júnior Geo questionaram o horário que impossibilitou a categoria de estar presente em maior volume, por estarem em sala de aula.
O secretário de educação do município, Danilo de Melo e o superintendente de Planejamento Orçamentário e Modernização, Eron Bringel, expuseram números referentes aos repasses do Governo Federal que teriam reduzido e segundo Eron, representariam 70% do orçamento municipal. Para os representantes, tendo em vista a crise, estão fazendo o possível e as pautas já estão resolvidas, com exceção do projeto salas integradas, a modulação e o custo-aluno que serão discutidos através de debates e comissões. As propostas serão discutidas e analisadas pela categoria em conjunto com o sindicato.
A diretora Deuliane Cavalcante se manifestou em defesa do Projeto Salas Integradas na prática, afirmou que os monitores fazem a diferença no cuidado na escola em que é gestora. Já a professora da rede de ensino municipal, Dalvanir Oliveira se manifestou com objeções ao projeto que leva monitores para as salas de aula. Para a professora, o projeto trouxe apenas prejuízos para o dia-a-dia na sala de aula, tanto para alunos quanto para os professores. “A educação infantil é parte da educação básica, é a primeira etapa da educação. Temos o cuidar e o educar que não são dissociáveis”, afirmou.
Por fim, Júnior Geo falou sobre a sua familiaridade com os problemas enfrentados pela educação a exemplo de sua mãe que é professora aposentada. “Sentimos na pele o que é a desvalorização da educação e a ausência de diversos direitos adquiridos não sendo exercidos”, ressaltou. Segundo o parlamentar, os professores estão relatando as dificuldades existentes em sala de aula em busca de melhorias e não devem ser ignorados. Além disso, para Júnior Geo, o projeto que envolve a presença de monitores nas escolas é um equívoco e deve ser repensado.