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Opinião

Dilema do Whatsapp para as operadores de telefonia é complexo, mas todo mundo pode sair ganhando.

A polêmica dos taxistas com o Uber está aí. As redes de televisão declararam guerra ao Netflix. O próximo alvo é o Whatsapp, o conhecido serviço de mensagem instantânea que está causando dor de cabeça nas operadoras de telefonia móvel, mas será que o Whatsapp é vilão?

É inegável que a internet mudou a forma como o ser humano se relaciona e vê o mundo. Hoje, a conectividade tomou o lugar de empresas na hora de oferecer serviços de qualidade e rapidez. O whatsapp, por exemplo, oferece mensagem instantânea a um custo baixo. É o que o cliente gosta.

Não há como impedir o avanço da internet. Essa foi uma lição custosa, mas que empresas estão aprendendo. A proibição do Whatsapp, Uber ou outro aplicativo que oferece algo a um preço menor e com mais qualidade vai contra o que o cliente quer. E hoje, atender o cliente é fundamental.

Mas isso não invalida a briga das operadores de telefonia móvel. Afinal, elas pagam impostos, possuem custos e, mesmo com lucros sendo altos, não é barato oferecer serviço de telefonia no Brasil. A briga é pela legalização - o prefeito Haddad já disse que o Uber não será proibido, mas regularizado. Isso dá condições de igualdade para quem paga taxa ao governo. É um gol.

Ao mesmo tempo, o outro lado da moeda mostra que o problema está justamente na tarifa. Estima-se que aproximadamente 50% da arrecadação de taxistas em São Paulo vá para taxas municipais e estaduais. O Uber (mas poderia ser o Whatsapp) é vantajoso pois "pula" essas tarifas. O consumidor final sente no preço e também no tempo: menos amarras, conectividade para unir pessoas e facilidade.

A economia colaborativa já teve seu ponto alto e hoje passa por questionamentos, mas é inegável que o capitalismo caminha para um modelo diferente. Os jovens de hoje não querem posse, querem acesso. Por isso as operadoras de telefonia móvel estão se mexendo para atender esse consumidor que sabe e exige mais.

Um exemplo de como as operadores de telefonia e o Whatsapp - e outros aplicativos  como  Telegram  e  Snapchat  -  podem  coexistir  é   oferecendo condições especiais, parcerias e serviços exclusivos.  É uma forma de  fisgar e aumentar lucros.

Mas um aviso: lucros astronômicos estão no passado. Não adianta pensar uma parceria nova com algo novo se o pensamento continua como uma empresa antiga e que visa somente as contas muito no azul. No fim, uma reinvenção de pensamento é a solução - que urge a cada dia mais. (Netcombo)