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Polí­cia

As Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins mostraram indignação e emitiram nota de repúdio contra a ação da Polícia Federal que culminou na morte do sargento da Polícia Militar, Wiratan Fraga dos Santos, nesta última segunda-feira, 2, por volta de 1h50min, na cidade de Pindorama, a 215 km da capital Palmas.

Segundo a nota das associações, “em uma atitude de total despreparo, os agentes da PF em nenhum momento informaram sobre a operação ao comandante da região ou aos militares que estavam de serviço no destacamento”, diz a nota, que afirma ainda que está foi principal falha que levou à morte do sargento, além de iniciarem os disparos sem antes verbalizarem para se identificar.

Segundo a nota das associações, os policiais militares, apesar de não terem os equipamentos mais modernos, os melhores salários, as melhores viaturas e, na maioria das vezes, trabalharem em condições precárias, não se eximiram em atender o chamado e partiram para o cumprimento da função estando em apenas dois no destacamento. “Honrando, assim, o compromisso de proteger e servir a sociedade até mesmo com o sacrifício da própria vida”, considera a nota.

As associações lamentam que “uma instituição de tamanho respaldo social como a Policia Federal aja com total despreparo e desrespeito à vida de policiais militares, os quais deveriam ser vistos como parceiros de profissão e não como rivais”, afirma a nota.

As associações militares afirmam ainda que, diante do ocorrido, e, preocupando-se com as vidas dos militares associados, já não sabem se, ao serem acionados para um assalto a banco ou agência dos Correios, “os policiais militares devem atender ao pronto restabelecimento da ordem pública e prevenção dos cidadãos ou aguardarem a ação das forças responsáveis pelo policiamento e defesa dos bancos e órgãos  federais, se deslocando para o atendimento só após a chegada dos mesmos”.

As associações defendem que devem ser tomadas precauções específicas para evitar que mais uma família de militar “chore a perda de seu ente querido” e informam ainda que já acionaram as assessorias jurídicas para que sejam tomadas providências internas e externas, junto aos órgãos competentes, a fim de que fatos dessa natureza não se repitam e que os verdadeiros culpados sejam responsabilizados.

Além de Policial Militar, Sargento Fraga era pastor da Igreja Batista e deixa esposa e dois filhos.

Assinam a nota a APRA-TO (Palmas), ASPRA-TO (Gurupi), ACS Porto Nacional, APA Araguaína, ASSICASOL Guaraí, ACS Colinas, ACSD Dianópolis, ASPRA Bico, ASCAS Tocantinópolis, ASSPMETO.