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Estado

Foto: Divulgação

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A Defesa Civil Estadual, com base nas imagens de satélite identificadas no Centro de Monitoramento da Sala de Situação, informa que a nuvem de fumaça percebida na Capital na noite desta quinta-feira, 3 e manhã desta sexta-feira, 4, é originada dos focos de calor registrados durante a semana na região norte e nordeste, mais precisamente nos estados do Maranhão e Pará, que atingiram o Extremo- Norte do Tocantins e em decorrência do movimento das massas de ar, chegaram na capital e na região central do Estado.

A Defesa Civil orienta a população a redobrar a atenção no trânsito a fim de evitar acidentes, uma vez que a visibilidade poderá ser reduzida.

Ao longo de vários dias a população de Tocantinópolis e região norte do Estado estão sofrendo com uma forte nuvem de fumaça pairando pelo céu. O problema é oriundo de queimadas nos estados do Pará e Maranhão, que fizeram com que a fumaça se espalhasse por centenas de quilômetros em vários Estados das regiões norte e nordeste do país há pelo menos duas semanas.

Cidades como Tocantinópolis/TO, Porto Franco/MA, Imperatriz/MA, Marabá/PA, Manaus/AM e dezenas de outros municípios do Bico do Papagaio estão completamente encobertos pela fumaça.

A baixa visibilidade já provocou o cancelamento de voos nos aeroportos das principais cidades da região. A grande quantidade de fumaça também põe em risco navegação nos rios e o tráfego nas estradas. Imagem de satélite mostra uma densa cortina de fumaça no céu cobrindo completamente o Estado do Pará, além de parte do Tocantins e Maranhão.

A fumaça também fez aumentar os problemas respiratórios, principalmente nas crianças e idosos e, consequentemente, a procura por atendimento nos postos de saúde.

O coordenador do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, buscou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e concluiu que a principal causa desta fumaça é uma grande queimada na reserva indígena de Arariboia, no Maranhão, além da contribuição de queimadas regionais. Somente as chuvas poderiam amenizar a situação.

A Defesa Civil do Tocantins informou que faz monitoramento via satélite e não há registro de foco de incêndio de grande proporção no Estado. Por outro lado, dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desta quarta-feira (2) mostram que no vizinho Maranhão foram registrados 907 focos de calor. O número também é alto na região noroeste do Pará, onde foram identificados 180 focos.

Trazida pelo vento, a fumaça que encobre Tocantinópolis é vista por toda parte da cidade e prejudica a visibilidade, além de manter o tempo abafado. Boletim do Instituto Nacional de Meteorologia INMET aponta que a umidade relativa do ar na cidade está em torno de 30 a 70%, o que contribui significativamente para o aumento da temperatura, chegando a 40º.