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Estado

A ministra Kátia Abreu - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - recebeu nesta terça-feira, 8, o novo superintendente federal de Agricultura na Bahia, João Cláudio Batista. Durante a audiência, ela afirmou que o Mapa monta um projeto para reestruturar e fortalecer as superintendências federais do ministério nos estados.

“Queremos o Mapa forte no Brasil todo”, disse ministra. “As superintendências não terão papel acessório, mas serão protagonistas. Buscamos inclusive colaborações, gostamos de ouvir quem está na base”, completou.

Kátia Abreu enfatizou que a Bahia terá atenção redobrada do Ministério por ser um dos estados que compõem o Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Destacou ainda que a pasta pretende apoiar os produtores de cacau, por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac, órgão vinculado ao Mapa), para impulsionar a produção e a exportação do produto.

O superintendente, que estava acompanhado do deputado federal Bacelar (PTN-PB), comprometeu-se a ajudar no combate às moscas-das-frutas na região e a manter o estado livre de peste suína clássica. “Queremos trabalhar em relação de parceria e confiança com o Mapa”, assinalou João Cláudio Batista.

Crédito de custeio cresce 23% na safra 2015/2016

Os produtores continuam investindo no campo. Dados da contratação de crédito rural na modalidade custeio, de julho a novembro deste ano, apontam um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2014, com R$ 42,9 bilhões. Esse tipo de financiamento é usado, por exemplo, para compra de insumos, plantio, tratos culturais e colheita. A comercialização, por sua vez, teve recuo de 2%, com desembolso de R$ 10,4 bilhões.

As liberações para custeio e comercialização nos cinco primeiros meses da safra 2015/2016 contabilizaram R$ 53,3 bilhões, o que representa 36% do montante oferecido pelo governo federal (R$ 149,5 bilhões) para essas finalidades. Os desembolsos de investimentos foram de R$ 9 bilhões, ou 24% do total programado, de R$ 38,2 bilhões.

O anúncio da liberação do financiamento da agricultura empresarial, com base em dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor) do Banco Central, foi feito nesta terça-feira (8) pelo secretário de Política Agrícola, André Nassar, em Brasília.

O destaque do período ficou com as linhas de financiamento para custeio do médio produtor (Pronamp) – faturamento de até R$ 1,6 milhão ao ano –, que atingiram R$ 8,5 bilhões. O valor representa um incremento 45% em relação ao consolidado de julho a novembro do ano anterior (R$ 5,8 bilhões). Os bancos públicos apuraram um aumento de 48% na oferta de recursos para o crédito da categoria, de R$ 6,6 bilhões ante R$ 4,4 bilhões, nos cinco meses de 2014.  

Juros controlados

Os números do Sicor mostram que o total financiado pelos bancos públicos, a juros controlados para a linha de custeio, foi de R$ 24,5 bilhões, nos cinco meses de contratação, incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e fundos constitucionais. Os bancos privados somaram R$ 9 bilhões, e as cooperativas de crédito, R$ 4,4 bilhões. Para os financiamentos a juros livres para custeio e comercialização, o montante alcançou R$ 6,5 bilhões, incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com avanço de 36% em relação ao igual período de 2014.

Para o financiamento da safra, o agricultor empresarial conta também com a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), recursos a taxas de juros livres, que atingiu R$ 859 milhões nesse período.