O vereador Lúcio Campelo (PR) usou a tribuna em sessão nesta quarta-feira, 17, na Câmara de Palmas, para criticar a prestação de serviços públicos em Palmas e denunciar a baixa qualidade da alimentação fornecida aos estudantes. “Esse buraco na vida dessas crianças, o prefeito Carlos Amastha não dá conta de tapar. Como é que tapa o buraco na alma dessas crianças que vem de casa simples, humildes e vão à escola para aprender e ter uma alimentação digna e chega lá recebe cuscuz e o prefeito colocando dinheiro no bolso?!”, indagou o vereador.
O vereador recebeu de representantes do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, cópia de relatório extraído na análise dos extratos bancários das contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) nas unidades escolares informando sobre o crescente aumento nas verbas do Pnae para alimentação escolar em Palmas. “Certificamos a vossa senhoria, que existe nessa municipalidade, um crescente Superavit de recursos do Pnae no ano de 2013 na ordem de R$ 792.601.67, 00, e um superávit em 2014 de R$ 1.844.118,00”, leu Lúcio Campelo no relatório recebido pelo Conselho.
De acordo com o vereador, a soma dos recursos perfaz um crédito de R$ 2. 636.719,67,00 para a alimentação dos alunos: “Onde eles colocaram esses dois milhões de superávit?! Esse recurso é destinado à alimentação escolar e esses recursos não foram repassados às escolas. Por isso a meninada está aí para morrer de comer cuscuz e leite. A qualidade da merenda escolar está lá embaixo”, disse.
O vereador desafiou o prefeito a explicar para a sociedade como é que tapa o buraco na vida das crianças de Palmas. “Esse buraco não tem como tapar, marca a vida alma das crianças que estão deixando de receber uma alimentação digna na escola”, enfatizou.
Campelo informou que a documentação será encaminhada ao Ministério Público Federal e pediu aos vereadores da Casa a convocação do secretário de Educação de Palmas, Danilo de Melo Souza, para esclarecimentos sobre o uso dos recursos do Pnae.