Uma ordem de serviço do Projeto Barraginhas, para 18 municípios da região Sudeste do Tocantins, será assinada na próxima terça-feira, 22, durante o seminário marcado para ocorrer no auditório do Palácio Araguaia, como parte da programação da 7ª Semana da Água.
De acordo com o diretor de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Aldo Azevedo, este ano serão construídas 3.560 barraginhas naquela região. O sudeste tocantinense é uma região do semiárido, onde chove 400 milímetros por ano. O menor índice de precipitação de chuvas no Estado.
O Projeto Barraginhas compreende pequenas bacias de captação de água, que visa interceptar as águas das chuvas, evitando erosões e assoreamento de pequenos rios. “No primeiro ano, toda a água infiltra no solo e, a partir do segundo ano, ela começa a ser retida, no terceiro ano, aquele riozinho que estava seco lá na baixada, começa a ser alimentado pela aquela água que infiltrou”, explica Azevedo.
O alcance social do projeto é muito bom, além do aspecto econômico, porque se faz esse trabalho com três, quatro horas de pá carregadeira. Outra questão importante, segundo o diretor, é a parte ambiental, porque se possibilita a revitalização dos cursos de água que não estavam mais fluindo normalmente. “Com isso, promovemos a recuperação das nascentes”, sustenta Azevedo.
Barraginhas
O Projeto Barraginhas é uma das metas do Governo do Estado para amenizar a seca da região Sudeste, de acordo com a titular da Semarh, Meire Carreira, “Apesar de não estarmos inseridos na região semiárida do Brasil, temos uma região onde 22 municípios atualmente sofrem com a seca em determinado período do ano. Falta água para os animais, falta água para as pessoas e para produção agrícola”.
Pensando nesse problema, o Governo do Estado, por meio da Semarh, com a participação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), trabalhou um projeto de contenção de águas da chuva, que é o projeto denominado Barraginhas. “Esse projeto visa trazer melhorias para área ambiental, social e econômica, pois, com as pequenas barragens esperamos como resultado a recarga do aquífero, a perenização das nascentes e dos corpos hídricos da região, a minimização dos processos erosivos ocorridos em período de chuva e o favorecimento da manutenção dos agricultores da região”, destaca Meire.