Alguns vereadores de Palmas externaram preocupação com as demandas da Capital. Durante a sessão na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 22, os parlamentares Milton Neris (PR), Joaquim Maia (PV), Rogério Freitas (PMDB), Lúcio Campelo (PR) e Júnior Geo (Pros) foram alguns dos que lançaram críticas contra a gestão do prefeito Carlos Amastha (PSB).
O vereador Milton Neris lembrou sua ida juntamente com o vereador Júnior Geo e Lúcio Campelo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para apresentação de estudo sobre a Planta de Valores de Palmas. “Mostramos para eles a dificuldade que a população de Palmas passa por estar pagando um IPTU por um valor que não é real. Quando mostramos para eles que a diferença do que está na Lei, votada por esta Casa e o que está em vigência até esse momento, comparando com o que está no estudo, eles ficaram perplexos”, disse.
O parlamentar disse que no próximo dia 15 de abril, a população e empresários de Palmas estarão recebendo a taxa de IPTU. “Vão receber esse presente que no meu entendimento é um presente de grego. Vão receber um IPTU caríssimo, um IPTU que não condiz com a realidade da nossa cidade”, informou. O vereador falou da necessidade de ir ao encontro da Defensoria Pública buscar providências.
O vereador Joaquim Maia reforçou as falas de Neris. “O que a gente vê hoje é a Prefeitura cometendo uma injustiça com o cidadão palmense. Uma injustiça que começou em 2013, passou em 2014, 2015 e agora chega a 2016 com essa Planta de Valores adotada no nosso município”, afirmou. Para Maia, da maneira que as cobranças estão sendo feitas em Palmas "causam prejuízos aos cidadãos que já estão sofrendo demais com a atual crise que se passa no País. [...] A planta de Valores traz uma realidade que não é verdadeira", disse.
Lúcio Campelo "Engraçado desta questão do IPTU é que, quando você faz uma análise, você percebe que o pobre está pagando mais caro do que quem tem poder aquisitivo. Me reporto ao passado e fico lembrando das falas do prefeito aonde cai no contraditório, perde-se a credibilidade. As vezes fala pela palma das mãos", criticou.
Campelo criticou a falta de roçagem em Palmas. "A gente tem percebido, estamos aí já chegando ao final do mês de março e a cidade, atá hoje, não foi roçada. E aí a gente tem essa questão da dengue, do Zika. Como é que a gente vai reduzir essa proliferação se a gente não limpa a cidade?! Se a Prefeitura não cumpre o seu papel social, sua função obrigatória?!", criticou. O vereador apresentou requerimento verbal a Secretaria de Infraestrutura para que providencie, o mais breve possível, a limpeza da cidade.
Lúcio Campelo também mostrou-se preocupado com a paralisação da construção de Centro de Atenção Psicossocial e Unidades Básicas de Saúde. "Hoje a gente vê as obras ainda da gestão anterior paralisadas", frisou. Campelo ainda salientou a situação de estudantes. "Os meus meninos estão chegando em Palmas com fome. A merenda escolar que estão servindo e suco e bolacha, é cuscuz com leite, isso nunca ocorreu na história de Palmas", criticou.
Campelo ainda falou sobre gastos em coelhinhos da páscoa e a instalação de novos pardais de trânsito. "Que compromisso tem com a nossa cidade esse rapaz?! (referindo-se ao prefeito Carlos Amastha). Num momento de crise desse me comprar mais de R$ 500 mil, novamente, de coelhinho da páscoa. Estão brincando com a cara do cidadão palmense. Além da instalação de novos pardais, inclusive escondidos nas placas. Estão colocando mais pardais, para filmar você e te multar para meter a mão no seu bolso. Nunca vi tanta desonestidade de uma gestão como nós estamos vendo em Palmas", sustentou. Segundo o vereador, o prefeito de Palmas só se preocupa com o próprio Bolso.
Júnior Geo comentou sobre denúncia que fez ao Ministério Público Federal. "O recurso da merenda escolar é federal. O governo federal transfere o dinheiro para os cofres públicos do município e o município obrigatoriamente tem datas e prazos para transferências desses recursos para as escolas. Se assim não o fizer está fazendo uso indevido de dinheiro de recurso público federal o que é uma prática comum da atual gestão", afirmou.
O presidente da Câmara, Rogério Freitas, também usou a tribuna para cobrar da gestão de Palmas. Rogério Freitas (PMDB) subiu à tribuna para cobrar do Executivo a execução de requerimentos importantes feitos por ele no mês de fevereiro e até então não foram atendidos. O vereador afirma que a demora em atender a solicitação, neste caso, compromete a segurança dos beneficiados. O vereador quer que a Secretaria de Infraestrutura providencie a roçagem e iluminação, entre outros, próximo a faculdade Itop, que já foi motivo de manifestação.
Feira da 304 Sul
O vereador Milton Neris busca, através de requerimento ao executivo, reforma e revitalização da feira da 304 Sul. Segundo o vereador, os feirantes dali estão preocupados com a possibilidade da feira ser trocada por um mercado municipal. “Sabemos ser uma feira que tem tudo a ver com a cultura do nosso povo, é um ponto turístico em que a população pode interagir e a feira necessita de uma reforma urgente. [...] Ventilou-se no passado que o prefeito queria acabar com a feira para fazer ali um mercado municipal, privatizando a feira, e eles tem esse temor, essa preocupação. A Câmara jamais votaria um projeto de lei que pudesse privatizar aquele espaço e tirar deles aquele espaço”, afirmou.