Ao longo da última década o setor Agropecuário vem acumulando um crescimento anual com o uso de novas tecnologias, a consolidação de práticas já comprovadas e a disseminação da informação provocaram um aumento significativo de produtividade. Em termos de melhoramento genético, a Inseminação Artificial (IA) tem sido a grande ferramenta de disseminação. A IA chegou às mais distantes fronteiras pecuárias do Brasil, aumentando a oferta de melhores touros para monta natural e, diretamente, gerando animais com maior potencial de produção de carne e leite.
Os pecuaristas do Tocantins tiveram a oportunidade de participar, nesta sexta-feira, 6, de palestras sobre as tecnologias disponíveis para o setor, na Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2016). “Fecundação In Vitro e Evolução da Raça Senepol no Brasil”, “Criação, Sanidade e Treinamento do cavalo de esporte e trabalho”, “Projeto Tecnova: Congelamento de embriões Nelore” e “10 Ferramentas práticas para a gestão da pecuária intensiva”, foram algumas das palestras oferecidas no Pavilhão da Pecuária.
A fertilização in vitro (FIV), é uma biotécnica utilizada como alternativa para acelerar a produção de bovinos geneticamente superiores. Paralelo à inseminação artificial e a transferência de embriões, a fecundação in vitro é uma técnica responsável pela rápida progressão genética principalmente em animais de produção.
A FIV permite que uma reprodutora produza centenas de bezerros em um mesmo ano. Segundo o médico veterinário e palestrante, Émerson Faria, a fertilização é uma técnica altamente produtiva. “Além de possibilitar a multiplicação da raça em pouco tempo, aumenta também a qualidade do rebanho”, disse.
Produtora
A produtora de gado da região de Araguaína, Karina Tittoto, que produz a raça Senepol, afirma que a fertilização in vitro é uma evolução para criação de gado. “É um ganho econômico de 15 anos no seu rebanho bovino”, argumentou.
Senepol
Na mesma programação, o técnico inspetor da Senepol, Rafael Pacheco, fez uma explanação sobre a raça Senepol. Ele explicou que a raça influência diretamente na produtividade e faz da raça um destaque de desempenho com baixos custos. “O alto volume de sêmem produzido pelos touros chama a atenção de criadores de diversas regiões do País e, quando aliado às características relacionadas à fertilidade e precocidade sexual. A criação da raça cresce em torno de 30% a 35% no Brasil”, ressaltou.