Há cerca de 50 dias com a pauta trancada na Câmara Municipal de Palmas, o plenário segue com as sessões sem votação de requerimentos e Projetos de Lei de interesse da população palmense. Nesta terça-feira, 10, a sessão teve início com um número suficiente para que fosse destrancada a pauta e retomadas as votações. Porém, como vem ocorrendo ultimamente, novamente o plenário foi se esvaziando com a saída dos vereadores da base do prefeito Carlos Amastha (PSB) no decorrer da sessão, resultando na falta de quórum para o destrancamento da pauta.
A pauta na Câmara está trancada em função da Medida Provisória Nº 5/2016, que dispõe sobre a aquisição de equipamentos para profissionais da saúde da capital. A matéria deu entrada na Casa em fevereiro deste ano.
A situação que se passa na Câmara Municipal, protagonizada pelos vereadores da base, que esvaziam a sessão propositalmente, já virou motivo de chacota por parte dos vereadores da oposição, que brincam com a situação fazendo piada quando os vereadores começam a se levantar e sair do plenário.
O vereador Iran Gomes, da tribuna, defendeu a atitude da base governista do prefeito Carlos Amastha (PSB) afirmando que “só votará quando for respeitado o princípio da proporcionalidade”, e que “a população de Palmas não é boba e sabe o que está acontecendo aqui (na Câmara)”.
Em resposta, o presidente da Casa, Rogério Freitas (PMDB), passou a presidência ao vereador Gerson e subiu à tribuna para posicionar-se a respeito. Em princípio, parabenizou o vereador Iran pela sugestão de diálogo a fim de solucionar o impasse, mas lembrou que o regimento interno foi seguido à risca quando foram tomadas as decisões que desagradaram a base, referindo-se à exigência pela revisão do Regimento Interno da Casa.
Em seguida o vereador Iratã Abreu saiu em defesa da base afirmando também seu descontentamento com a situação. E, mais uma vez, a sessão teve seu fim com a pauta trancada.