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Polí­tica

Foto: Agência Brasil

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O governo interino de Michel Temer completou um mês nesse domingo (12). Nesse período reformulou a Esplanada dos Ministérios, anunciou medidas para conter a crise econômica, conseguiu vitórias no Congresso Nacional e se viu envolvido em escândalos.

Uma das primeiras ações de Temer foi a extinção de pastas Ministério da Cultura, Controladoria-Geral da União, Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, e a pasta do Desenvolvimento Agrário.

 A intenção, segundo o governo, era conter gastos, mas recebeu críticas devido à ausência de mulheres e negros no primeiro escalão. A notícia foi recebida com manifestações.

Agricultores familiares, por exemplo, protestaram contra o fim da pasta do Desenvolvimento Agrário, como explicou o coordenador-geral da Confederação Nacional desses trabalhadores, Marcos Rochinski.

Mas Michel Temer voltou atrás em algumas medidas. Após pressões, ele recriou, por exemplo, o Ministério da Cultura.

Na área econômica, tentou acalmar o mercado. O dólar, por exemplo, começou a cair. Temer anunciou medidas como corte de quatro mil cargos, o debate sobre a Reforma da Previdência e o envio ao Congresso de uma Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos.

Também obteve apoio do Congresso e conseguiu aprovar propostas que o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, lutava para ter apoio dos parlamentares.

Uma delas foi a revisão da meta fiscal, que prevê um déficit de R$ 170 bilhões. Outra foi a aprovação da Desvinculação de Receitas da União, que permite ao governo gastar livremente 30% das receitas que a União arrecada com tributos.

Temer agradeceu o apoio dos congressistas. Mas nem só de economia vive o governo interino. Após a nomeação de ministros citados na Operação Lava Jato e denúncias de titulares criticando a operação, vieram substituições.

Romero Jucá deixou o Ministério do Planejamento. No lugar, assumiu Diogo Oliveira. Fabiano Silveira pediu para sair do comando da pasta da Transparência. Ficou Torquato Jardim. Criticado, Temer partiu para a ofensiva.

Se por um lado o primeiro mês de Michel Temer na presidência foi marcado pelo apoio de congressistas e do mercado, por outro, foi criticado por movimentos sociais, que não reconhecem a legitimidade da gestão. (EBC)