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Palmas

Foto: Conexão Tocantins Bombeiro analisa local onde uma barra de ferro da estrutura da arena se soltou Bombeiro analisa local onde uma barra de ferro da estrutura da arena se soltou
  • Donizeti Nogueira foi um dos que tentou entrar mas foi impedido
  • Muitos dos que não conseguiram entrar, tentavam assistir as apresentações por debaixo das arquibancadas
  • Dois bombeiros ficaram de prontidão
  • Local onde uma barra de ferro da estrutura soltou-se foi amarrado com corda
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Corda é utilizada para amarrar uma parte da estrutura à outra sob as arquibancadas
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Em várias partes da estrutura era possível ver arames amarrando, substituindo grampos e parafusos
  • Pessoas buscavam qualquer fresta sob as arquibancadas para ver as apresentações
  • Uma das entradas da arena
  • Grande número de pessoas se aglomeraram embaixo da estrutura da arena colocando suas vidas em risco

A estrutura montada pela Prefeitura de Palmas para receber o público no 24° Arraiá da Capital, gerou muitas críticas na noite deste sábado, 25 de junho. Primeiro, pela pequena capacidade de público, que compareceu em massa e gerou superlotação. E o mais grave, vários pontos da estrutura que deveriam estar presas por parafusos e grampos apropriados, estavam amarrados com arames e cordas.

Em uma das entradas, uma parte da ferragem chegou a se soltar e cair. Sem, entretanto, para sorte de todos, machucar nenhuma pessoa. A barra de ferro que chegou a cair, foi amarrada com cordas por membros da organização, assim como outras que já estavam amarradas e pouco tempo depois, dois bombeiros compareceram no local para vistoriar. Em contato com a reportagem, um dos bombeiros chegou a afirmar que a estrutura havia sido aprovada pelo Corpo Técnico Competente do Órgão e também teria sido aprovada pelo engenheiro que assinou a responsabilidade técnica do projeto.

Um agente da Guarda Metropolitana de Palmas, que não iremos identificar, chegou a aconselhar o público que estava na entrada para que não entrasse nas arquibancadas da arena, tal o risco visível oferecido pela estrutura e superlotação.

Dezenas de pessoas aglomeraram-se debaixo da estrutura para ver se conseguiam assistir o evento, colocando em risco suas vidas. 

O suplente de senador Donizeti Nogueira (PT) estava entre os que tentavam entrar na arena para assistir as apresentações. No entanto, após muito insistir, Donizeti desistiu pois os seguranças não liberaram a entrada. Para o senador, a gestão de Palmas que é comandada pelo prefeito Carlos Amastha (PSB), subestimou a presença do público. “Primeiro acho que a gestão municipal projetou mal a expectativa da presença do público aqui. Deveria ser maior a arena, já foi maior em outros tempos. Acho que projetou mal. Segundo, o pessoal que está aqui tem uma responsabilidade para não ter peso demais, gente demais e acontecer um acidente. Agora, tal como nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, as pessoas vem, pagam estacionamento e depois não podem participar. Isso é ruim! Revela que a administração subestimou a presença do público aqui e não fez uma arena com capacidade de atender a todos os que viessem”, afirmou.

A servidora pública, Gabriela Noleto, também tentava entrar na arena para assistir as apresentações. Segundo ela, a estrutura do evento não acompanhou a quantidade de propagandas antes do evento, na Capital. “Tinha propaganda em todos os lugares convidando a população para vir e chegamos aqui tivemos a surpresa de pagar estacionamento de R$ 10 e daí chega aqui não consegue nem entrar na arena. Tem um monte de gente aqui fora e tem um monte de gente no telão. Daí faz uma programação, um evento desse tamanho e faz uma arena minúscula. Não dá para entender!”, criticou.

Outras reclamações 

O público se queixou também da falta de infraestrutura mais confortável do local que é vendido na mídia, pela Prefeitura de Palmas, como sendo a Vila Olímpica, entretanto, o local, não passa de uma área aberta, de terrão, com poeira. A área era para ter recebido legados dos Jogos Mundiais Indígenas que chegou ao montante de cerca de R$ 100 milhões em investimentos, segundo o que foi divulgado. 

Os presentes questionaram também o porquê da Prefeitura preferir locar a estrutura móvel da arena ao invés de utilizar o Estádio Nilton Santos que encontra-se parado e sem realizar eventos há cerca de 30 dias, uma vez que os times da Capital foram eliminados do campeonato tocantinense de futebol. O estádio tem capacidade para 12 mil pessoas e teria abrigado confortavelmente o público que compareceu em peso ao Arraiá da Capital. 

O Conexão Tocantins aguarda um posicionamento da Prefeitura a respeito das falhas da estrutura e sobre os motivos que a levaram a preferir locar estrutura móvel ao invés de utilizar o estádio.