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Cidades

Foto: Lenito Abreu

Foto: Lenito Abreu

Tem início nesta sexta-feira, 1º de julho, o vazio sanitário da soja, que segue até o dia 30 de setembro em todo o Estado. Neste período, fica proibido o plantio de sementes da oleaginosa em lavouras de sequeiro no Tocantins. Esta medida é fundamental para prevenir e controlar a ferrugem asiática, a principal praga que ataca a cultura da soja.

O gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo de Oliveira, explica que durante o vazio sanitário todas as plantas de soja cultivadas ou voluntárias deverão ser eliminadas por meio de controle químico ou mecânico, e que este processo de eliminação é de responsabilidade do produtor rural ou proprietário da área. “Para garantir este controle da ferrugem asiática a Agência irá monitorar durante o vazio sanitário aproximadamente 968 propriedades cadastradas na última safra,” disse Marley.

Conforme a legislação, o produtor que for notificado pela Adapec, por manter a plantação de soja ou que não exterminar as plantas voluntárias estará sujeito a sanções previstas em lei.

Durante o vazio sanitário, só é permitido o cultivo de soja nas várzeas tropicais, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium e Formoso do Araguaia. Nesta área, a Adapec autoriza o plantio da oleaginosa para fins de pesquisa científica e de produção de semente “porém, mediante um rigoroso controle e monitoramento da presença de pragas feito pela Adapec”, ressaltou o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Vegetal, Carlos Cesar Barbosa.

“Sabemos do compromisso dos sojicultores tocantinenses no controle da ferrugem asiática, mas queremos reforçar o pedido para que estejam atentos à legislação e ao monitoramento das áreas cultivadas na safra passada, extinguindo as plantas invasoras, como a tiguera ou soja guaxa”, disse o presidente da Adapec, Humberto Camelo.

Ferrugem da Soja

É uma praga que ataca a cultura da soja e é também conhecida como Ferrugem Asiática, causada pelo fungo (Phakosora pachyrhizi). Ela dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. O vazio sanitário é uma importante forma de prevenção da doença.