A mãe, dois filhos e a companheira de um deles, acusados de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas e associação criminosa conhecida pela alcunha de “Família Rufo", foram condenados à prisão em sentença que também condenou o réu acusado de ser o fornecedor de drogas dos acusados. Juntas as penas passam de 39 anos de prisão.
Para o juiz da 4ª Vara Criminal de Palmas, Luiz Zilmar dos Santos Pires, autor da sentença, a conduta dos cinco acusados configurou a associação clássica para o tráfico de drogas, com todos os cinco réus irmanados, imbuídos do mesmo fim e com divisão de tarefas bem claras.
Para a matriarca, Maria Creuza da S. R, 55 anos, o juiz fixou a pena de cinco anos e seis meses de prisão, além de 550 dias-multa. Segundo o magistrado, ela era a responsável pela fiscalização e gerenciamento e negociação da prática de micro-tráfico. Ela seguirá presa, pois o regime de prisão fixado é o fechado.
Cristiano S. R, 29 anos, o irmão dele, Alan G. S. R., 36 anos, filhos de Maria Creuza, receberam cada um a pena de cinco anos e seis meses de prisão, além de 550 dias-multa pelo crime de tráfico de drogas e mais três anos e três meses, além de 730 dias multas por associação criminosa, em regime fechado. Na sentença, o juiz ressalta que Cristiano usava seu ponto comercial para facilitar a venda das substâncias e Alan, além de fragmentar as drogas, também as comercializava no bar da família, no setor Santa Bárbara, na sul da Capital.
A companheira do réu Alan, Aildes A. dos S., 31 anos, recebeu a pena de três anos e 700 dias multas por associação e restou absolvida da acusação de crime de tráfico. Com regime aberto fixado pelo juiz, ela teve a pena de prisão substituída pela obrigatoriedade de prestar serviços à comunidade e de se apresentar mensalmente à Central de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (CEPEMA).
O réu Amilson A., “o Gordão”, 36 anos, foi condenado a oito meses de prisão e 800 dias multa, por tráfico de drogas, e a quatro anos e 800 dias multa por associação para o crime, em regime fechado, sem poder recorrer em liberdade. Segundo a sentença, ficou demonstrado que ele era o fornecedor responsável pelo abastecimento de droga na casa da família envolvida no ato criminoso.
Os cinco réus foram presos pela Polícia Civil, durante uma operação da Polícia Civil denominada Gungnir, em março deste ano, em Palmas, que prendeu ainda outras nove pessoas acusadas de integrar duas organizações criminosas especializadas no tráfico de drogas. Os integrantes da família conhecida pela alcunha "Família Rufo" foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual pela guarda de mais de 6 kg de drogas como maconha, crack e cocaína.
O site Conexão Tocantins esclarece que a denominação "Família Rufo" trata-se de uma alcunha dos membros familiares envolvidos no ato criminoso, não devendo ser confundida tal alcunha com o sobrenome da popular família de idêntico sobrenome residente em cidades do Estado.