No início desta semana, a equipe do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) que atua na Supervisão da Área de Proteção Ambiental das Nascentes de Araguaína (Apana) com apoio do Escritório Regional do Instituto e da Polícia Militar Ambiental do Estado do Tocantins (BPMA) realizou um encontro com chacareiros do município, para levar orientações e sensibilizar a comunidade da importância de unir esforços para preservação dos rios.
A iniciativa ocorreu após uma operação de monitoramento e fiscalização, realizada nos últimos três meses, onde foi constatada a presença de estruturas que interferem na frequência da vazão do rio, entre outras irregularidades e comprometem a sobrevivência do curso d’água, perceptíveis especialmente no período de estiagem.
A engenheira ambiental do Naturatins e supervisora da Apana, Ayranan Suzuki, falou da necessidade do envolvimento da comunidade local. “Não basta fiscalizar e multar. É necessária a sensibilização, porque o que vai fazer a diferença é a mudança de atitude para preservação de córregos, como o Xupé e isso tende ocorrer de forma mais efetiva a partir da informação”, esclareceu.
Outro assunto abordado foi a questão das outorgas, o licenciamento que permite o uso da água. O inspetor ambiental do Naturatins nesta Unidade, Benilson Souza, explicou que é necessário buscar o Naturatins para regularização. “A licença de uso é necessária e todos devem estar atentos ao tipo de licença que possui, ou entrar em contato com o Instituto para que se mantenham regularizado. É importante também entender, que a intervenções no curso do rio, acaba prejudicando a subida dos peixes para reprodução, no período da piracema e isso não é permitido”, detalhou.
E o inspetor ambiental do Instituto na Apana, Bartolomeu Dias, complementou com orientações à cerca do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da legislação ambiental para propriedades que estão em Área de Proteção Ambiental (APA). “Essas áreas requerem cuidados especiais e estão sujeitas a uma legislação específica, além de cadastro. O monitoramento e fiscalização é constante e necessária a informação para essas comunidades”, finalizou.
Os proprietários do entorno do rio, demonstraram preocupação em buscar uma solução para manter a sobrevivência do afluente e manter a opção de lazer em suas propriedades. Na reunião foi sugerida a criação de uma associação para que compartilhem das decisões que poderão colaborar com a proteção do rio.