Doze atletas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Palmas praticam o Basquete de Cadeira de Rodas. Composta atualmente por 01 menina e 11 meninos, a modalidade atende aos alunos com deficiência físico-motora. O esporte faz parte do projeto Reviver e ajuda a promover a não discriminação, a inclusão social e a capacitação dos alunos da Escola Especial Integração de Palmas.
Segundo a professora coordenadora, Soraia Maria Tomaz, o projeto é financiado pela Agência do Governo Federal dos Estados Unidos (EUA) e tem o intuito de promover melhoria na qualidade de vida de homens e mulheres com deficiências física, visual, auditiva e intelectual no estado do Tocantins. “A partir da prática do basquetebol, os paratletas se tornaram mais unidos, o resultado é visível pelo acompanhamento dos familiares nos treinos”, explica.
As cadeiras utilizadas são adaptadas e padronizadas e seguem as regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico, mas para assegurar à competitividade a regra do jogo muda um pouco, já que o jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira.
A academia Personal Trainer Fitness Center é parceira do projeto. Para o empresário e educador físico, Robertson Barreto, a parceria ajuda na divulgação de direitos de acessibilidade para todos. “Nós acreditamos nas mudanças que a atividade física pode proporcionar na vida das pessoas. O esporte estimula a inclusão, melhora a autoestima entre muitos outros benefícios”, afirma Barreto.
Os paratletas são treinados e supervisionados pela professora de educação física da academia, Natalia Ponce e pelo Professor Auxiliar Técnico, Carlos Roberto Capel Junior, que juntos buscam propor exercícios que auxiliam no fortalecimento muscular e condicionamento físico. "Eles se superam a cada dia, esse tipo de esporte aumentou muito a autoestima, a confiança e a independência deles", disse a professora a respeito da desenvoltura e crescimento dos alunos.
De acordo com a coordenadora do projeto muitos alunos ainda desejam praticar o esporte, mas falta transporte e mais cadeiras para a inclusão. Sem apoio da Agência do Governo Federal dos Estados Unidos (EUA), o projeto pode se encerrar. “Seremos financiados somente até o dia 30 de setembro e precisamos de mais empresas que queiram patrocinar a equipe, já que em outubro não temos mais recursos para continuação”, finalizou.