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Esportes

Foto: Marcus Mesquita

Oito paratletas do projeto Reviver que tem sede em Palmas/TO, passaram na cidade do Rio de Janeiro, onde foram prestigiar os Jogos Paralímpicos Rio 2016. A primeira grande experiência nas Paralimpíadas veio com a abertura oficial do evento, realizada no dia 7 de setembro, no Maracanã. Para Divina Neta, do paratletismo do Reviver, “a festa foi linda; teve muita cor, música e dança, que eu adoro.” Também do paratletismo, Marcos de Souza foi outro que se encantou com a grandiosidade do espetáculo. “Gostei muito; tinha muita gente e os fogos no céu”, disse Marquinhos.

Já no dia seguinte, foi a vez dos tocantinenses conheceram o Parque Paralímpico, onde foram acompanhar uma partida feminina do Brasil contra a Argentina, no basquete em cadeira de rodas. Paratleta desta modalidade no Reviver, Georje Silva acredita que a experiência absorvida pode ser aplicada nos treinos do time. “Vendo todo o desempenho e a técnica de jogo, nós vamos compartilhar este conhecimento para aplicarmos aos nossos treinos. Tudo o que vivi nas Paralimpíadas eu vou levar para sempre na minha memória”, ressaltou Georje.

Um pouco mais entusiasmado, Noel dos Santos, também do time Reviver, disse que o ambiente e a performance vista em quadra fizeram nascer um sonho dentro dele. “Fiquei impressionado com a energia do ambiente e com o nível de jogo que vi. Depois pensei: ‘é isto que quero para mim; eu vou treinar muito e buscar uma vaga na Seleção para disputar as próximas Paralimpíadas, em Tóquio, no Japão, em 2020’”, empolgou-se, Noel.

Paratletismo

Ainda no dia oito, a delegação Reviver foi para o Estádio Olímpico Engenhão para acompanhar as disputas do paratletismo. Com um circuito regional da modalidade na bagagem, Thiago Sousa ficou admirado com o alto-rendimento dos paralímpicos. “Eles são incríveis; correm demais, saltam muito longe. São verdadeiros heróis”, exaltou o paratleta tocantinense.

Vôlei sentado

No terceiro dia de atividades nos Jogos, os representantes do Reviver foram à arena do Rio Centro para prestigiar a seleção brasileira masculina de vôlei sentado. Apesar de serem paratletas do tênis de mesa, Talita Silva e Vitória de Jesus adoraram a modalidade. “O jogo é muito difícil; mesmo sentados, eles fazem muitas jogadas bonitas”, disse Talita; enquanto Vitória exaltou a força dos paratletlas: “a partida foi complicada, com muitas cortadas fortes. Eles são muito fortes para aguentar isto”, destacou.

Bocha adaptada

Enquanto alguns colegas foram prestigiar as disputas do halterofilismo, o convicto Thalysson Gonçalves batalhou e conseguiu o difícil ingresso para a bocha adaptada, modalidade na qual é paratleta pelo Reviver. Para ele, a experiência foi impagável. “Eu agradeço muito ao Reviver pelo que fez por nós. Estamos muito felizes; eu consegui assistir à bocha e fiquei ainda mais feliz. Nunca vou esquecer isto aqui”, comemorou Thalysson, sempre acompanhado pelo pai, fiel escudeiro e voluntário do Reviver na bocha adaptada, José da Costa.

Ganhos múltiplos

No último dia de atividades no Rio, a delegação Reviver foi conhecer a Boulevard Olímpica, que oferecia a experimentação em modalidades paradesportivas e a oportunidade de chegar bem próximo à pira Paralímpica.

Coordenadora do Reviver, Soraia Tomaz acredita que os ganhos para os paratletas contemplados não foi meramente paradesportivos, mas, principalmente, culturais. “Foram dias maravilhosos, de muito aprendizado para todos nós. E não me refiro só aos jogos, mas às trocas sociais com gente de vários países, à cultura nova adquirida e às experiências inéditas para a maioria, principalmente para aqueles que saíram de Palmas, do Tocantins pela primeira vez na vida. Nos sentimos honrados por termos partilhado este momento com eles e muito agradecidos à Usaid [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional], pois, sem ela, que é a nossa única financiadora, este sonho não teria sido vivido”, ressaltou a educadora física.

Delegação Reviver

Além dos oito paratletas do projeto e da coordenadora do mesmo, também fizeram parte da delegação Reviver nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 a socióloga e gerente do Ider, parceira do projeto junto à Usaid, Sulamita de Sousa; o professor de língua inglesa e voluntário no basquete em cadeira de rodas, Carlos Capel Júnior; o fisioterapeuta Raphael de Sousa; o voluntário na bocha adaptada José da Costa; o assessor de comunicação do Reviver, Marcus Mesquita; e, ainda, a convite do projeto pela importante parceria na concessão do espaço para a sede do Reviver, a presidente da Apae de Palmas, Márcia Fidelis.

Jogos Paralímpicos Rio 2016

As Paralimpíadas do Rio 2016 acontecem na cidade do Rio de Janeiro até o 18 de setembro e reúnem quatro mil paratletas de 176 países em disputas por medalhas em 23 modalidades. A delegação do Brasil conta com 287 paratletas representando o País em 22 modalidades.