O Governo do Tocantins vai se pronunciar até a próxima sexta-feira, dia 21 de outubro, a respeito da contraproposta dos servidores públicos para o pagamento da data-base do Executivo. É o que ficou acertado após a reunião entre o presidente do Comitê Gestor, Lyvio Luciano e os presidentes dos Sindicatos integrantes do Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins (MUSME-TO), ocorrida na manhã desta terça-feira, 18 de outubro, no Palácio Araguaia.
A definição da data foi uma solicitação dos Sindicatos do Musme que argumentaram que estão aguardando esse retorno por parte do Governo, desde o dia 27 de setembro. No último dia 6, os Sindicatos chegaram a notificar o Governo para que desse uma resposta aos servidores, no prazo de 24 horas. Mesmo assim, o Governo permaneceu em silêncio.
Como não tinham agenda marcada, os presidentes decidiram ir até o Palácio e ficar de plantão na porta do gabinete, até serem recebidos pelo presidente do Comitê Gestor.
Na conversa com os sindicalistas, o presidente do Comitê Gestor disse que o governo ainda não se pronunciou sobre a contraproposta porque estaria fechando algumas definições sobre as novas medidas que serão implantadas no Estado. Os representantes dos servidores, por sua vez, criticaram a demora do Governo e foram incisivos ao afirmar que os Sindicatos não querem mais participar de reuniões infrutíferas e sem novidades sobre a negociação. “Não queremos mais participar de reuniões somente para ouvir mais uma vez do Governo o argumento de que não tem como nos pagar. Queremos propostas, caminhos, soluções que contemplem verdadeiramente a categoria”, disseram.
Nesta terça-feira, a greve geral dos servidores públicos estaduais completou 71 dias e até agora, nenhuma proposta apresentada pelo Comitê Gestor foi aceita pelos servidores.
Sem Legitimidade
Outra reclamação dos presidentes foi sobre o governo continuar negociando soluções para o fim da greve com a Fesserto. Os sindicalistas do Musme enfatizaram mais uma vez que a Federação representa Sindicatos e não servidores e que por causa disso, não tem legitimidade para firmar nenhum acordo em nome da categoria, na negociação da data-base. “O governo tem que buscar soluções com quem realmente tem legitimidade para discuti-las”, disseram os presidentes.