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Esportes

Foto: Marcus Mesquita

Após disputarem a última etapa nacional do Circuito Caixa Loterias de Paratletismo, evento realizado no final de semana, na cidade de São Paulo, os paratletas da equipe Reviver, Ilquias Lopes e Rhailma de Souza, finalizaram a temporada 2016, respectivamente, como vice-campeão brasileiro de lançamento de dardo na categoria F46-Deficiente Físico (DF) e 5ª colocada no arremesso de peso F20-Deficiente Intelectual (DI). Esta foi a primeira vez em que uma equipe do Tocantins disputou a fase nacional do evento, que é uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), patrocinado pela Caixa Loterias e reuniu, nesta etapa, 690 competidores de todo o Brasil, sendo 387 só no paratletismo.

Treinador responsável pela delegação nesta etapa do Circuito, Rodrigo Paganella comemorou os resultados alcançados pela equipe Reviver. “Dentro da expectativa que a gente tinha, foram muito bons os resultados. A Rhailma conseguiu melhorar em 50 centímetros o arremesso dela no ano e ficou entre as top-cinco no Brasil e o Ilquias alcançou o título da etapa e terminou em segundo lugar no ranking nacional. O saldo foi bem positivo; saímos satisfeitos daqui”, garantiu o treinador.

Estreia vitoriosa

Além do vice-campeonato brasileiro, Ilquias também conquistou, em 2016, duas etapas do Circuito, a regional, disputada em Brasília, no mês de abril, e esta última nacional, tudo isto no ano de estreia do competidor como profissional. Na última prova, o paratleta não conseguiu melhorar o próprio índice de 35,65 metros, alcançado na regional, mas isto apenas o motivou a buscar aprimoramento para as próximas competições. “Os meus lançamentos não foram como eu esperava; o frio, a chuva e o vento foram fortes durante a prova e isto interferiu muito para mim, que nunca tinha competido nestas condições, e isto fez a diferença para eu não arremessar tão bem. Mas o título da etapa e o vice nacional já valeram muito e agora eu quero apenas melhorar para o ano que vem”, ressaltou Ilquias, que em São Paulo lançou apenas 32,02 metros.

Marca do ano

A 5ª colocação no ranking nacional nesta temporada foi uma excelente conquista para Rhailma, que enfrentou adversárias duríssimas. Entretanto, para a paratleta, a melhoria da própria marca no ano foi como um ouro conquistado. “Eu não fui campeã, mas consegui arremessar o peso mais longe do que lá em Brasília. Isto já é muito bom; é uma conquista e uma alegria para mim”, garantiu Rhailma, que na etapa regional arremessou o peso a 7,04 metros, enquanto no nacional alcançou 7,54 metros.

Palavra do ídolo

Uma das referências paralímpicas como atleta no Brasil, o campeão paralímpico e dono de seis medalhas paralímpicas na carreira, sendo uma prata e um bronze conquistadas nas Paralimpíadas do Rio, este ano, o velocista Yohansson Nascimento prestigiou a etapa final do Circuito, conheceu os competidores do Reviver, comemorou a presença do Tocantins no evento e enviou um conselho aos menos experientes. “Eu fico feliz pelo Tocantins estar trazendo atletas para cá. Agora, são dois, mas eles têm amigos, colegas, admiradores e vão influenciar no surgimento de novos competidores para que na próxima vez venham 10 ou até mais tocantinenses para mostrarem o talento que têm. E uma coisa tem que ficar clara: todo atleta tem que se cobrar apenas a busca por melhores resultados, não somente por medalhas, porque as medalhas podem vir a ser uma consequência da melhoria das próprias marcas. Por isto, é importante que o competidor saiba valorizar cada feito alcançado, independente de ter subido, ou não, ao pódio”, destacou o multicampeão da classe T45-DF.