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Educação

Foto: Elias Oliveira

Foto: Elias Oliveira

Educadores da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e das Diretorias Regionais de Educação estudam nesta quinta-feira, 15, o Programa de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio. O estudo acontece durante todo o dia, na sala de reuniões da Seduc.

No próximo ano, 12 instituições de ensino do Tocantins funcionarão na modalidade de ensino médio em tempo integral. A educadora Ana Claudia Batista, coordenadora da equipe de implantação do programa, contou que as 12 escolas que aderiram ao novo ensino médio integral foram escolhidas pelo Ministério da Educação e são escolas que já possuem uma boa estrutura física e equipe pedagógica.

Participam da reunião, diretores regionais de Educação, coordenadores pedagógicos das Diretorias Regionais de Educação, gestores escolares e coordenadores pedagógicos das 12 unidades escolares que irão funcionar em tempo integral com turmas do ensino médio.

A secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, professora Wanessa Sechim, explicou que este é o momento de professores e técnicos discutirem todos os pontos para a implantação do programa de Fomento. “Precisamos observar os aspectos pedagógico, financeiro, administrativo, jurídico e infraestrutura para fazer as adaptações necessárias com o objetivo de que as escolas estejam adequadas para o início do ano letivo de 2017”, enfatizou.

O ensino médio de tempo integral será implantado de forma gradativa, portanto, em 2017, funcionará com as turmas da 1ª série, em 2018, com as turmas de 1ª e 2ª séries, e em 2019, com as três séries. Inicialmente, o programa será financiado pelo MEC, com o repasse de R$ 2 mil por aluno/ano, por um período de 10 anos. O Estado será responsável pela complementação.

A secretária Wanessa esclareceu que as escolas devem observar as metas estabelecidas pelo MEC para a  adesão e, com a ajuda da equipe escolar, elaborar o plano de implementação para garantir êxito no programa e melhorar a aprendizagem dos alunos. “Nesse processo de mudanças, o gestor escolar é um grande líder, que conduzirá com sabedoria e autonomia as transformações necessárias para a implantação do novo ensino médio”, frisou.

Após a reunião, os gestores escolares irão realizar reuniões nas unidades escolares e a equipe da Seduc irá visitar as escolas para verificar a necessidade de mudanças, reformas ou ampliações.

Escolas contempladas 

Em 2017, funcionarão com ensino médio integral, o Colégio Estadual Rui Barbosa; o Centro de Ensino Médio Benjamim José de Almeida e o Centro de Ensino Médio Paulo Freire (Araguaína); o Colégio Estadual Professora Joana Batista Cordeiro (Arraias);  O Colégio Presidente Castelo Branco (Colinas do Tocantins); o Centro de Ensino Médio Antônio Póvoa (Dianópolis); o Centro de Ensino Médio Oquerlina Torres (Guaraí); O Centro de Ensino Médio Bom Jesus (Gurupi); o Centro de Ensino Médio Filomena Moreira de Paula (Miracema do Tocantins) e o Centro de Ensino Médio Darcy Marinho (Tocantinópolis) e a Escola Estadual Madre Belém e o Colégio Militar de Palmas (Capital).

Período de adaptação 

Na Escola Estadual Madre Belém, o diretor Otalmy Brito de Carvalho disse que já tinha realizado reuniões com os professores. “Estamos na expectativa de que essas mudanças vão trazer ainda melhores resultados para a escola. Tivemos alunos premiados nas olimpíadas escolares, nas atividades esportivas, e estamos nos preparando para receber mais alunos na nossa instituição, prestando, cada vez mais, um bom trabalho”. Otalmy afirmou que o próximo passo será comunicar e esclarecer à comunidade escolar sobre as mudanças.

A professora Karine Moreira Melo, técnica de Educação Integral da DRE de Araguaína, que terá três escolas nesse novo programa, comentou que os professores já estão animados com o novo ensino médio. “Lá, já visitamos as escolas para observar a estrutura física e pedagógica, conversamos com os professores, a maioria está confiante com esse novo modelo. Vejo esse programa como uma oportunidade para melhorarmos o nosso ensino e a aprendizagem e, consequentemente, os indicadores educacionais”, esclareceu Karine.

Meta do PNE

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), uma das metas é que, até o ano de 2024, 50% dos matriculados estejam cumprindo uma jornada escolar de tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia. Para implantar o novo ensino médio, o MEC investirá 1.5 bilhão e contemplará 500 mil jovens até 2018.