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Economia

Foto: Divulgação

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O Brasil fechou 2016 com mais de 12 milhões de desempregados, número que tende a aumentar ainda mais em 2017. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de cada três novos desempregados no mundo, um será brasileiro. Só nos primeiros meses do ano, a taxa de desocupação deve chegar a 12,4% da população com idade para trabalhar, mas o ano pode fechar com mais de 13,6 milhões de nativos sem ocupação.

Conforme indica a OIT, com maior aumento entre as 20 economias mais desenvolvidas do mundo, a taxa brasileira de pessoas sem trabalho baterá uma marca preocupante neste ano. A previsão é de 201 milhões desempregados em todo o mundo. E, nesse universo, o Brasil adicionará 1,4 milhão de pessoas sem emprego à sociedade no próximo ano. O número é o maior entre as economias do G-20, perdendo apenas para China e Índia – países com população cinco vezes maior do que a nacional.

De modo geral, o aumento de desempregados em território nacional será 35% - com 1,2 milhão em 2017 e mais 200 mil em 2018. A previsão divulgada pela OIT, na quinta-feira, 12 de janeiro, promoveu impacto mundial e afetou os cálculos gerais, especialmente os da América Latina (AL). A organização alerta que a AL tem o maior desafio de gerar emprego no mundo, considerando inclusive a população jovem que pressiona o mercado de trabalho.

No total, a região deve terminar 2017 com uma taxa de desemprego de 8,4%, aumento de 0,3% em relação a 2016. De acordo com a OIT, com uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,3% em 2016, o resultado foi um impacto em toda a região e nas exportações de países vizinhos. O cenário brasileiro acabou levando o PIB regional a sofrer uma queda de 0,4%.

Quanto mais dependente do Brasil, pior foi o resultado para o continente. Na América Central, por exemplo, a expansão do PIB foi de 2,4%. Já na América do Sul, a queda foi de 1,8%. (CNM)